ANÁLISE: Insensato Coração

reprodução/TV Globo

Belas imagens. Homens bonitos. Mulheres exuberantes. Natália do Vale com o mesmo tom de voz, mesmo corte de cabelo e mesmo personagem (mãe de dois filhos rivais) que da novela anterior. Deborah Secco com o mesmo personagem de Celebridade - é praticamente um segundo ato da personagem Darlene. MPB de primeira. Elis Regina. Nana Caymmi. Dori Caymmi. O tema de abertura com a irritante Maria Rita cantando um samba 'de' Zeca Pagodinho. Abertura tosca. Um sequestro de avião movido por uma vingança. O vilão sequestra o avião com um canivete, o mocinho salva todos e no fim ganha um beijo da mocinha. Nana Caymmi com toda sua competência fecha o capítulo com "Eu quero amar demais sem poupar coração", até agora não entendi, o por que, desta música não ser tema de abertura.

Alguma novidade? Nenhuma, Insensato Coração, começa na Globo e é assim que se desenrola os capítulos iniciais da novela. Já deu para perceber logo de cara que Antonio Fagundes é o mocinho - insuportável por sinal - e Wilker o vilão - sempre ótimo. Assim como Gabriel Braga Nunes faz bonito como Léo. Eriberto Leão começa lindo e fofo, mas patina. Ana Lucia Torre, é uma cobra, uma das melhores atrizes do nosso teatro, isso já sabemos há décadas. Maria Clara Gueiros é o humor e futilidade em pessoa, só pensa em homem "sem camisa de preferência". O 'viado' da vez está com Leonardo Miggiorin, dá close e na hora que está perto de 'um bofe' tenta disfarçar, é o melhor ator em cena, ao lado dos competentes, desde sempre, Lázaro Ramos e Camila Pitanga, casal afinado.

É só mais uma trama do repetitivo Gilberto Braga - afinal, qual autor não se repete? - na sua segunda parceria com Ricardo Linhares, suas tramas cheias de picuinhas dos ricaços mostra cobra engolindo cobra.  Coma  direção sempre no ponto de Dennis Carvalho. O problema são os capítulos iniciais, depois que decolar, se continuar com esta pegada, a novela será um sucesso. Tomara!