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OPINIÃO: A estreia de "A Força do Querer" de Gloria Perez

Logo da novela "A Força do Querer" que tem na abertura (assista aqui) Caetano Veloso (reprodução/TV Globo)
Escrever uma crítica sobre primeiro capítulo de novela é muito complicado, para não dizer incoerente. A novela "A Força do Querer", de Gloria Perez estreou na Globo mostrando que um belíssimo casamento entre autora e diretor está no ar, Papinha é agora o mago do horário nobre e foi chamado de "meu diretor" por Aguinaldo Silva, em um post no Twitter (Aguinaldo prepara a sua novela para entrar no ar no ano que vem).

Fotografia impecável e personagens que parecerem estar ensaiando há meses, "A Força do Querer" surpreendeu. Pelo menos no capítulo inicial, não me pareceu nada fora do eixo, até mesmo o Fiuk, que interpreta o Rui, ganhou elogios pelas interpretação, de fato ele se mostra mais seguro em cena. Maria Fernanda Cândido, que nunca foi uma grande atriz, mostrou a que veio com a dondoca, mas Lilia Cabral, esta é um arraso sempre, roubou a cena e despontou para os 8º assunto mais comentado no Twitter mundial.

Gloria adora repetir atores, mas isso não é exclusividade sua. Manoel Carlos, Aguinaldo Silva, Gilberto Braga e João Emanuel Carneiro fazem o mesmo e todos eles dentro de suas fórmulas de fazerem novela e dominam muito bem - o dominar é independente de fazer sucesso. Na trama atual senti a repetição apenas com o personagem de Humberto Martins, o Eurico, que muito lembra o personagem de "Caminho das Índias" (2009).

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A construção dos personagens foram milimetricamente desenhados e mostrou o índio tirando das águas e salvado, os dois protagonistas-antagonistas, dando uma sentença: "A água que os uniu, vai separa-los", é uma metáfora para falar dos desentendimentos que Rui e Zeca terão por estarem apaixonados pela mesma mulher, a belíssima Rita (Isis Valverde). É bom e devidamente honesto destacar a atuação de Juliana Paes, na cena que Bibi termina seu romance com Caio, papel de Rodrigo Lombardi, ela deu um show de interpretação.

O destaque está pelas cenas protagonizadas por Joyce e Ivana, interpretada por Carol Duarte. A criança foi criada para ser a cópia da mãe na feminilidade e vaidade, mas de cara mostrou que não se identificava com a situação, o passar do tempo, mostrou algo comum entre o público LGBT - independente de que parte do segmento a pessoa se enquadra -, a intolerância dos pais pelo o que a filha/o é. "Essa não sou eu", disse Ivana ao se ver na frente do espelho.

Gloria vai mexer em um vespeiro: a identidade de gênero, e a introdução ao tema foi realizado de forma suave, sem forçar a barra, ressaltando a masculinidade da personagem, algo bem comum na transição do que se é proposto na trama, Ivana não se identifica com corpo feminino e fará a transição para o masculino. E como eu vi no Twitter "Espero que no meio do caminho, não resolvam matar a personagem".

Espero.

A Força do Querer, de Gloria Perez
Às 21h12, na Globo

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