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"Fina Estampa" parte final, finalmente

Lília Cabral na festa de lançamento da novela em Agosto de 2011 (reprodução/TV Globo)
Esta semana chega ao fim a novela Fina Estampa, de Aguinaldo Silva, finalmente. Após sete meses de um lenga-lenga tremendo, deixando de lado o bom novelão como Passione, de Silvio de Abreu, e exibindo na sequência de Gilberto Braga, as chatices de Aguinaldo Silva. A novela é tão chata, que chega a bombar de audiência, assim como Pica Pau e Chaves, na Record e no SBT respectivamente, a trama é o mais novo sucesso da emissora dos últimos anos, é a carta coringa da líder, assim como as repetições, dos já citados programas da concorrência.


É um sem fim de maldades e coisas exibidas do nada para nada, e muitas e muitas ironias. Se Aguinaldo Silva se gaba com "Fom Fom" ao mostrar a audiência da novela e suas concorrentes, no Twitter, ele merece o prêmio de melhor 'marketeiro' do horário nobre. No programa Roda Viva, da Cultura, ele confessou que no Twitter e no blog quem escreve é um personagem que ele criou para ele mesmo, como se um dia quisesse aparecer mais que suas próprias estrelas.

A Fina Estampa da novela que era um pato feio que não virou cisne, Griselda, da maravilhosa Lília Cabral, ganhou todos os ares de lição de vida no começo da trama, mas foi perdendo espaço a cada destaque que a turma 'do mal' conquistava com o texto caprichado de ironia do novelista, marca registrada em todas as suas novelas. Crô (Marcelo Serrado) ganhou a cena, não é difícil de adivinhar o por que do sucesso do personagem, pois o público adora personagens politicamente incorretos e desta vez não foi diferente.

Silva caprichou em todas as cenas do mordomo caricato, passou da bicha caricata para a bicha desaforada, tudo o que gay adora ser, gay não tem papas na língua, por isso que faz inimizades e amizades com a mesma intensidade, assim como na novela - amigo da patroa e inimigo do motorista Baltazar (Alexandre Nero). Silva criou e  repetiu personagens, trouxe de volta ao Osnar de Tieta (1989) e o rebatizou de Pereirinha, para quem não se lembra joga no youtube e verá as mesmas ironias do ex-marido de Griselda, na boca do 'bem dotado' personagem da trama de 20 anos atrás.

Eu tenho a sensação que Fina Estampa entrou para tapar mais um buraco na grade da Globo, assim como Insensato Coração que pode ser considerada a pior novela de Gilberto Braga. Não podemos esquecer que Silva é um dos maiores novelistas do nosso país coleciona sucessos e recordes de audiência como verdadeiras obras de arte, como Tieta e A Indomada, são alguns dos exemplos, sem esquecer dos recordes de Roque Santeiro e Senhora do Destino. Mas novelas chatas como Suave Veneno, Duas Caras e Fina Estampa, esta última entrando para sempre como recordes de bobagens, audiência e falta de criatividade deste monstro da teledramaturgia.

Fina Estampa, última semana.
Às 21h, na Rede Globo.
Cotação: Ruim.

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2 Comentários

Danilo disse…
Bom, lendo esse post, eu entendo que:
Toda opinião é válida, e deve ser expressada, quer gostem, quer não.
Aguinaldo Silva detesta que falem mal de sua novela, sim, ele adora defender suas obras...
Porém, não acho que "Fina Estampa" tenha entrado como uma 'Operação Tapa-buraco' mal feita.
É uma novela que ja vinha sendo desenvolvida a tempos. Quando o próprio autor fez um curso Master Class em portugal e ali descobriu novos colaboradores.

Adoro a novela, não perco um capítulo, mas confesso, que em algumas coisas, como os valores morais que Griselda tinha no começo da novela, foram se perdendo durante a história, e a personagem chegou a virar um ser caricato, como personagem de desenho animado.

Mas, Lilia Cabral, é uma grande atriz da nova geração de protagonistas que assim como grande parte do elenco, merece reconhecimento pelo bom trabalho desenvolvido.
@geraldopost disse…
Lilia Cabral é um grande atriz desde sempre e não da nova geração, ela já era estupenda desde os tempos de Tieta, em 1989 e em nenhum momento deixei de ressaltar seu talento. A novela é chata demais e o tapa-buraco sim, assim como Insensato Coração, são autores do tipo que não querem perder o largo salário de novelista e fazem estas porcarias vendedoras de tintas no horário nobre. Ao contrário de MAnoel Carlos, Glória Perez e Sivio de Abreu, que fazem novelão, o folhetim das antigas.
Mesmo assim obrigado pelo comentário, toda opinião é válida.