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Opinião: Guerra de números, faz da Parada do Orgulho Gay um 'disse-me-disse'

Primeiramente quero deixar bem claro que não estou aqui para acusar e/ou defender ninguém, nem o instituto Datafolha e nem muito menos a APOGLBT, mas só quero registrar meus total descontentamento com ambas instituições que transformação a marcha pelo fim da homofobia em um palco do Ratinho, repleto de "disse-me-disse".
O Instituto Datafolha é o braço de pesquisa (qualitativa, quantitativa e científica) do jornal Folha de S. Paulo e não contente com órgãos como Vox Populi e Ibope, resolver funda-lo e se transformou em um dos mais respeitados do país desde a sua democracia conquistada.
A APOGLBT para quem não sabe é quem produz e promove a Parada do Orgulho Gay em São Paulo, o produz não é só colocar 'purpurina' como muitos dos desavisados ou mentes poluída possam pensar, produzir qualquer coisa é uma tarefa árdua, principalmente quando se trata de um evento como a Parada do Orgulho Gay que movimenta tanta grana para a cidade de São Paulo, mas que ostenta a fama de ser uma balada ao céu aberto repleto de corpos desnudos e beijação.
Na última semana, desde segunda-feira (11) para ser mais preciso, eles estão travando uma verdadeira novela sobre a Parada do Orgulho Gay de São Paulo, a primeira informa que 270 mil pessoas participarão do evento e 65 mil ficaram (fizeram todo o percurso do Masp à Praça Rosselvet) até o final, por outro lado o segunda resolveu questionar estes números se baseando em edições anteriores e colocando em cheque a boa índole do instituto de pesquisa.
Ambos estão corretos, cada um dentro do seu ponto de vista e dentro de suas limitações. O problema disso tudo é em quem acreditar, será mesmo que é preciso fazer uma discussão repleta de trocas de farpas como está acontecendo? A Folha (jornal) fez uma cobertura jornalística completamente partidária sobre o evento, repleto de adjetivos e matérias plantadas, o editor deve ter feito um roteiro do que dizer e como dizer aos seus subordinados.
A APOGLBT caiu em desgraça quando resolveu rebater os números de forma provocativa, colocando em cheque informações divulgadas pelo instituto e querendo provar com A mais B que não tinha só isso de gente no evento, com toda razão, afinal, fotos 'provam' que muitas, mas muitas pessoas ali estavam e que apenas 270 mil pessoas é pura bobagem.
Mas no fundo, o que acontece é uma briga de estrelas, quem quer mais aparecer, a Parada para mostrar sua potência para com os babacas preconceituosos, ou o Instituto que após 15 edições do evento resolveu fazer o advogado do diabo e contradizer a abrangência do espetáculo.
A verdade disso tudo é que a Parada foi um sucesso, com 270 mil pessoas ou 4 milhões, a criminalidade durante o evento caiu, pessoas embriagadas também caiu e a mensagem foi passada e podemos ter a certeza que se não existisse Parada do Orgulho LGBT estaríamos para sempre segmentados a um patamar de bobos da corte, agora temos que nos unir e fazer cada dia uma Parada nova, ir atrás e militar em busca de nossos direitos igualitários, pois assim como disse Alexandre Vidal Porto na seção Tendências e debates da mesma Folha, na segunda (11) "Pedimos direitos iguais, presidenta. Nem mais, nem menos. Para consegui-los, precisamos de sua voz" e para a presidenta ouvir, alguém (nós) que falar. Ao invés de criticar o evento com todos as negatividades do mundo (como dark-room ao céu aberto, beijação, balada, bate-cabelo, putaria), devemos nos unir, pois do jeito que está daqui a pouco teremos de entrar de volta para o armário, temos que deixar de ser covardes.
Pense nisso.

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1 Comentários

Danilo disse…
Falou tudo!! Concordo com cada palavra escrita aqui!