Se a intenção é simplesmente causar, a novela Amor à Vida cumpriu seu
papel, nas redes sociais os comentários foram incontroláveis e muito
críticos, foi quase que igual à narração de futebol e até bem parecido
no estilo chato de Galvão Bueno. As críticas eram infindáveis.
Mas o pior de tudo é que muitas delas tiveram muitos sentidos, a
agilidade foi a marca registrada, mas tão ágil quanto aos cortes de cena
que mostravam uma trama picotada, parecendo até à edição de Salve
Jorge, a continuidade também está falha.
Se Luana, com participação especial e ótima de Gabriela Duarte, tinha
problemas durante a gravidez, força-la ao parto normal é no mínimo
ridículo, ou é uma crítica aos hospitais públicos, mas o San Magno é um
'hospital de rico'.
Para Paloma (Paolla Oliveira) esconder a gravidez por tanto tempo, ela
deveria ter ficado exilada pelo menos no quarto das empregadas, além
agilidade (ou trama corrida demais) em um primeiro capítulo, só para
fechar no gancho de Bruno, do lindo Malvino Salvador, achando a
'ratinha' na caçamba?
Walcyr Carrasco estreia na faixa 'mais nobre' da emissora com a difícil
missão de trazer de volta pelo menos quase duzentos mil telespectadores
ao horário nobre - para ter a mesma audiência de Fina Estampa
(2011/2012) e Avenida Brasil (2012). Mas estreou com uma audiência
baixa, 35 pontos ficando ao lado de A Favorita e Salve Jorge, no roll
das piores estreia.
Se depender das exageradas 'licenças poéticas' do primeiro capítulo,
será ao menos mais uma trama de pura gozação da cara do telespectador e
será motivo de muita piada na web.
Mas a estreia já valeu muito a pena para ver o estilo de Félix (Mateus
Solano) que se tornará com toda certeza o mais novo queridinho do
Brasil, suas tiradas e sua imensa vilania já são as melhores e
preferidas do público roubando a cena de todo um elenco de estrelas e
repetições.
Amor À Vida: Razoável.