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"Se uma pessoa é gay, quem sou eu para julgá-lo" disse Papa Francisco na viagem de volta ao Vaticano

O Papa Francisco deixou no país grandes frases e lições de fé, coragem e revolução. Mostrou-se muito mais que um chefe de Estado blindado, pelo contrário, não foram apenas as abdicações de Papamóvel blindado, carro e aposentos de luxo que ficaram marcados, mas também a fé do brasileiro que estava em prova: segundo a prefeitura do Rio, 9 milhões de pessoas estiveram na 'semana do recorde' em Copacabana, na Jornada Mundial da Juventude, a próxima será em Cracóvia, Polônia, em 2016.
Decidiu ir de carro para ao Palácio do Governo, um carro simples sem o exagero da segurança que é de costume para tal situação, recebeu políticos na cerimônia de abertura, beijou inúmeras crianças em suas carreatas, desceu do Papamóvel para cumprimentar deficientes físicos, abençoou imagens católicas, bebeu chimarrão, visitou a comunidade carente, onde até foi chamado de pai.
Em diversos momentos, quando era cumprimentado formalmente pelas pessoas, logo as abraçava, não os deixava fazer a reverência casual a tal santidade.
Em entrevista na volta ao Vaticano, Papa Francisco quebrou mais um tabu falou abertamente sobre a homossexualidade "Se uma pessoa é gay e procura Deus e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-lo.O catecismo da Igreja explica isso muito bem. Diz que eles não devem ser marginalizados por causa disso, mas devem ser integrados na sociedade".
O Papa ainda disse que o problema não é a existência de um "lobby gay" na igreja, mas de de qualquer lobby. "O problema não ter essa tendência. Devemos como irmãos. O problema é o lobby dessas tendência de pessoas gananciosas, lobby político, maçons e tantos outros lobbies. Esse é o principal problema".
"Sobre o monsenhor Ricca (acusado de ter amantes) diz o que o direito canônico manda fazer, que é a investigação prévia. E nesta investigação não tem nada do que o acusam. Não achamos nada. Gostaria de dizer outra coisa sobre isso. Vejo que muitas vezes na Igreja se busca os pecados da juventude, por exemplo" em referência à reportagem da revista L?Espresso, às vésperas de sua primeira viagem internacional.
Papa Francisco ainda fez questão de tocar no assunto que assombra a Igreja Católica, que é a pedofilia e deu uma ampla resposta, separando o que é homossexualidade e o que é pedofilia. "Abuso de menores é diferente. Mas, se uma pessoa, seja laica ou padre ou freira, pecou e esconde, o senhor perdoa. QUando o Senhor perdoa, o Senhor esquece".
O ESCÂNDALO 
Uma reportagem da revista L?Espresso relata escândalos sexuais envolvendo o monsenhor D. Battista Maria Salattore Ricca, que foi escolhido por Francisco a servir como seu representante no Banco do Vaticano, Ricca teria oferecido trabalho e casa a um capitão da Guarda Suíça, com quem mantinha um caso, teria sido visto inúmeras vezes em público com ele e que teria sido até espancado.
ENTREVISTA EXCLUSIVA
Na sexta-feira (26) Papa Francisco deu uma entrevista exclusiva ao jornalista Gerson Camarotti a quem disse que o povo brasileiro é 'maravilhoso'. "Por que o futuro quem nos vai dar são os jovens, que seguirão adiante,  os idosos, que precisam transferir sabedoria aos jovens. Descartando ambos, o mundo acaba" disse o pontífice, que ressaltou também que "Não é um bom exemplo que um sacerdote tenha um carro do último tipo, de marca", além de dizer que quando se vai visitar uma amigo querido não se vai dentro de uma caixa de vidro, ao se referir ao papamóvel blindado, "Eu não poderia vir ver este povo que tem um coração tão grande por trás de uma caixa de vidro. E nesse automóvel, quando ando pela rua, baixo o vidro. Para poder estender a mão, cumprimentar as pessoas. Quer dizer, ou tudo ou nada. Ou a gene faz a viagem como deve ser feita, com comunicação humana, ou não se faz. Comunicação pela metade não faz bem" e disse também que veio "visitar gente e vai trata-las como gente. Tocando-as".

Domingo
Missa da passagem - 3,5 milhões
Sábado
Vigília - 3 milhões
Catedral Metropolitana - 15 mil
Sexta
Via Sacra - 1,5 milhão
Cerimônia do Angelus - 50 mil pessoas
Visita à favela em Varginha - 20 mil pessoas
Quinta
Festa da Acolhida - 1,5 milhão

Foram turistas de 180 países que estiverem no Rio de Janeiro, movimentando 1,2 bilhões de reais, 93% pretendem voltar ao Rio e 6 mil jornalistas de 70 nações.
6.500 ônibus com 290 mil peregrinos. 50 mil peregrinos passarem pela Rodoviária Novo Rio, em 29 mil passagens de ônibus. No sábado foram 155.777 pessoas que passaram pela estação Central do Brasil, em um total de 3 milhões de passageiros.
O Metrô registrou também 3 mil passageiros e 4.200 partidas. 3,5 milhões de pessoas se deslicaram através de ônibus regulares