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Papa Francisco defende gays em entrevista a jornal jesuíta


O Papa Francisco deu uma entrevista exclusiva ao jornal jesuíta La Civiltà Cattolica comentando posições importantes da Igreja Católica sobre assuntos polêmicos como aborto e homossexualidade "Uma pessoa me perguntou uma vez, em tom provocativo, se eu aprovava o homossexualismo eu respondi com uma pergunta: Quando Deus olha para uma pessoa gay, ele reconhece a existência desta pessoa com amor, ou a rejeita e condena? Sempre precisamos considerar esta pessoa", a declaração é a mesma quando foi indagado sobre o assunto no avião que o levou de volta ao Vaticano em Julho, quando participou da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no Rio de Janeiro. Papa Francisco disse também que "não é possível interferir espiritualmente na vida de uma pessoa" ao ser questionado sobre o homossexualismo, "um homossexual tem boa vontade e está em busca de Deus, eu não estou em posição de julgá-lo. A religião tem o direito de expressar sua opinião a serviço das pessoas, mas, na criação, Deus nos fez livres."
O papa ainda afirmou nunca ter 'pertencido' à 'direita', ao comentar acusações de que colaborou com a ditadura argentina entre as décadas de 1970 e 1983.
"Fui repreendido por isso. Mas, quando falamos sobre essas questões, temos que fazê-lo em um contexto. O ensinamento da igreja quanto a isso é claro, e eu sou um filho da igreja, mas não é necessário falar sobre esses assuntos o tempo inteiro" ao comentar sobre o aborto.


O pontífice disse ainda que "os ensinamentos dogmáticos e morais da igreja não são todos equivalentes" e que "doutrinas desarticuladas que se tenta impor de forma insistente" não deve ser tratada de forma obcecada pelo ministério pastoral."Precisamos encontrar um novo equilíbrio, senão até mesmo o edifício moral da igreja corre o risco de cair como um castelo de cartas, perdendo o frescor e a fragrância do Evangelho. A proposta do Evangelho tem que ser simples, profunda, radiante. É dessa proposta que as consequências morais então fluem".
Francisco ainda contou que quando era cardeal em Buenos Aires recebia cartas de homossexuais que estavam 'feridos socialmente' e que diziam se sentir sempre 'condenados' pela igreja católica e que a igreja deve ajudar a curar "todo o tipo de doença ou ferida".