Manoel Carlos já tinha anunciado que Em FamÃlia seria sua última novela,
com a personagem Helena queria fazer uma homenagem à Lilian Lemmertz,
sua primeira Helena, protagonista de Baile Comigo. Pediu para que Júlia
Lemmertz fechasse este ciclo de trabalho interpretando a última Helena
de sua carreira.
Mas Maneco errou a mão, escalou seus atores prediletos e fez uma trama
repleta de personagens sem pé nem cabeça, ninguém convencia, tanto que a
primeira e segunda fase foram encurtadas para alavancar a audiência pÃfia, mas foi em vão, Em FamÃlia passou a amargar a pior média da história.
O que o autor não poderia prever era uma rejeição tão grande, os
personagens não colavam com o cotidiano brasileiro, mesmo com o grande
destaque da louca Juliana, magistralmente interpretada por Vanessa
Gerbelli, foi capaz de segurar a onda. A novela foi de um todo ruim, da
abertura com a chata Ana Carolina interpretando um clássico, à uma
trilha sonora avacalhada, sobrava-se apenas a boa música de Simone e
Ivan Lins, restavam pseudos cantores de segunda linha com a esposa do
direitor de núcleo, Jayme Monjardim, Tânia Mara, interpretando a música
do casal Clarina.
O movimento LGBT não deixou por menos, fez com que o casal Clara
(Giovanna Antonelli) e Marina (Tainá Müller) protagonizasse os assuntos
mais comentados do Twitter com grande frequência, o beijo entre as duas
foi retratado de uma forma mais clássica, sem barulho, sem grande
acontecimento, o beijo foi para alguns decepcionante, mas no capÃtulo
que as duas se unirão em uma cerimônia, o beijo foi de arrepiar.
Lemmertz poderia não convencer como filha de Natália do Vale, mas o que
pecada de fato era ser sobrinha de Gerbelli, que é na vida real quase
dez anos mais jovem que a colega. Os erros de escalações não foram
poucos, a turminha de Maneco estava ali presente, mas nem os fofos
velhinhos do asilo foram capazes de fazerem rir, era tudo uma propagando
pela cidadania, será que alguém vai segui-la?
Manoel Carlos se despede das novelas ao mesmo tempo que que reprisava no
Viva um grande sucesso da década de 1990, História de Amor, que tinha o
seu texto caprichada, a direção deliciosa de Ricardo Waddignton e Paulo
Ubiratan e uma atriz de peso: Regina Duarte.
Maneco estava no ar duplamente e mostrou que basta, a aposentadoria é inevitável.
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