Quando era pequeno assistia sim ao Chaves e ao Chapolin, como toda
criança era vidrado nas ações repetitivas e piadas cansativas da série
que consagrou todo seu elenco a serem inesquecíveis, mas com o passar
dos anos nunca entendia muito bem a reação das pessoas para idolatrar
tanto o personagem bobo e cansativo, era tudo mais do mesmo, que me
tirava do sério, hoje entendo o quão o personagem tornou inesquecível,
não pela morte - algo sempre triste para nós que ficamos -, mas sim pelo
conteúdo violento que a televisão nos proporciona em uma era do vale
tudo pela audiência.
Chapolin sempre foi o meu predileto, seu lado herói sempre me cativou
mais que a humildado e bondade exagerada do menino que morava no barril,
depois de adulto não sentava mais à frente da TV para assisti-lo, mas
pouco tempo atrás zapeando me peguei assistindo ao Chapolin num dia
qualquer sem nada para fazer, em uma folga de segunda-feira.
No último mês ao saber que a festa de confraternização da empresa seria
retrô e as ideias pipocaram em irmos fantasiados de algum super-herói
logo escolhi o Chapolin, era talvez a minha antecipação para fazer uma
homenagem ao grande Roberto Bolaños que sempre nos divertiu. Que a
ingênuidade dele volte a rondar à vida das crianças que tanto precisam
desta tal felicidade, simples e verdadeira.
Fica aqui, registrada minha tristeza.