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EXCLUSIVO: Oito perguntas para Glória Perez

Glória Perez (acima) em foto postada em seu perfil no Facebook "Partindo para as férias e novos projetos."

Com Dupla Identidade a autora coleciona mais um grande sucesso de público e crítica, fez a audiência do horário - sempre problemática - subir três pontos, deu à Luana Piovanni o melhor papel de sua carreira e fez com que Débora Falabella eliminasse de sua imagem a heroína Nina de Avenida Brasil "Isso é característica de grandes atores".
A trama policial segurou o brasileiro em frente à televisão, tarde da noite para acompanhar, a sedução do belíssimo Bruno Gagliasso, na pele do psicopata Edu, a autora rebateu às críticas sobre a série ser uma cópia de produções americanas: "[Os psicopatas] são do tipo organizados, tem todas as características que foram mostradas em Dupla Identidade e que outras séries, no resto do mundo, mostram também. O que diferencia todas elas é a trama"
Glória disse ainda que não sente nenhuma falta de suas novelas não serem reprisadas "Cortaram O Clone de tal maneira que descaracterizaram a obra" e que a ordem de novelistas do horário nobre foi alterada para a possível segunda temporada de Dupla Identidade "virei depois da Maria Adelaide [Amaral]" e que seu próximo projeto, além das férias é mais uma produção com abordagem inédita: "Compramos o livro de memórias de Bibi Perigosa, e através dessa história pessoal quero mostrar o tráfico de drogas do ponto de vista das mulheres dos traficantes", confira:

"Dupla identidade" foi um sucesso chegando a 17 de pico e média de 14 pontos mesmo em um horário complicado, é a força da teledramaturgia cada vez maior certo?
GLÓRIA PEREZ: Com certeza! A dramaturgia é o prato forte e será sempre. Aqui  lá fora. O que pode interessar mais o ser humano do que histórias de gente?

Débora Falabella conseguiu apagar totalmente o papel de Nina, da sua imagem, com este papel forte da boderline Ray.
GLÓRIA PEREZ: Debora é uma atriz extraordinária. Ela sempre apaga os papeis anteriores, isso é característica de grandes atores. 

Você repetiu parceria com Marcello Novaes, Débora Falabella  e o Bruno Gagliasso que acabou conquistando o papel e o público. A série é uma renovação em conjunto certo?
GLÓRIA PEREZ: Todo próximo trabalho é uma renovação, para todos nos.

O serial killer é pouco abordado na dramaturgia nacional, mas amplamente na americana, o que faz o brasileiro achar que tudo é cópia. Como tem sido a convivência com essas críticas 'dos não especialista’?
GLÓRIA PEREZ:  Muita gente pensa que serial killer é uma personagem inventada pelos seriados americanos, daí a confusão. Serial killer tem características comuns, é como escrever sobre cowboys - eles sempre terão muitas semelhanças entre si: montam a cavalo, usam revolver, uma vestimenta característica e vai por aí. Serial killer também. Se são do tipo organizados, como o Edu, tem todas as características que foram mostradas em Dupla Identidade e que outras séries, no resto do mundo, mostram também. O que diferencia todas elas é a trama. Dupla Identidade traz uma inovação que ainda não vi nas séries do gênero: não procura uma justificativa para o comportamento de Edu. Nenhum trauma de infância determina que ele seja como é. Ele nasceu assim e vai morrer assim.  

Saiu na Kogut que seu próximo trabalho será uma série sobre a Bibi Perigosa. Qual seu próximo trabalho?
GLÓRIA PEREZ: Tenho esse projeto, sim. Compramos o livro de memórias de Bibi Perigosa, e através dessa história pessoal quero mostrar o trafico de drogas do ponto de vista das mulheres dos traficantes. É um ponto de vista que ainda não foi mostrado nos muitos filmes que já se fez sobre o assunto.

Li que a ordem de novelas se alteraram, quando você volta para as novelas?
GLÓRIA PEREZ: A alteração foi exatamente por conta da possibilidade da segunda temporada de Dupla Identidade. Precisamos adiar um pouco minha volta às novelas: virei depois da Maria Adelaide Amaral.

Sente falta de suas novelas não serem reprisadas?
GLÓRIA PEREZ: Nenhuma. Difícil novela das 9 no Vale a Pena Ver de Novo. Cortaram O Clone de tal maneira que descaracterizaram a obra.

Tem algum projeto para o cinquentenário da Globo?
GLÓRIA PEREZ: Por enquanto só penso em tirar férias! :-)