Omar Mateen em duas das selfies que são compartilhadas, ele foi identificado como rapaz que adora selfies (reprodução) |
Horas depois, quando as notÃcias passaram a tomar conta de todos os
perfis nas redes sociais e na imprensa brasileira, surge a foto do
'possÃvel atirador', Omar Mateen, de 29 anos, muçulmano e provavelmente
terrorista ligado ao Estado Islâmico, às 16h49 confirmado pela imprensa
brasileira, mas nada de fato comprovado.
Estado Islâmico confirma autoria do atentado à boate Pulse #LoveIsLove— inst@geraldopost (@geraldopost) 12 de junho de 2016
Quando bati os olhos em Mateen o 'gaydar' apitou, era gay e atacou a
boate por repulsa, minha famÃlia está de prova para comprovar. Era dia
dos namorados e estávamos nos arrumando para ir ao cinema, pouco antes
das 17h partimos e comentei o medo de fazer este tipo de afirmação e ter
a página invadida pelo IE.
Gaydar é um aplicativo de namoro destinado ao público gay, na sua maioria os homens. Este tipo de app se tornou muito popular no meio da década passada com o boom de aparelhos com sistema operacional Android, Gaydar (ou em português radar Gay) é um dos pioneiros, e depois acabou ganhando concorrentes como Grindr, Hornet e Scruff.Fomos ao cinema e voltando para casa vi esse posto do Estadão, printei a tela e postei: "isso é foto de boy caçando em app. Homofobia pra mim é tesão reprimido, ficou ofendido com. Gays se beijando há dois meses, pq não tinha coragem de sair do armário":
Pouco mais de 24h depois as informações foram confirmadas, ele tinha
perfil em app's de relacionamento direcionado ao público LGBT e era
frequentador da boate Pulse, onde ele fez 49 vÃtimas fatais e mais 53
vÃtimas de violência.
Mateen usou da homofobia e da felicidade e coragem alheia para provar
sua 'macheza', pouco antes de disparar os tiros ligou para a polÃcia
vangloriando o Estado Islâmico e para uma emissora de TV, antes de
morrer fez postagens no Facebook.
Siddique Said, pai de Mateen, fez uma declaração no começo da tarde do
próprio domingo, 12, denunciando a homofobia do filho, em uma visita Ã
Miami ao presenciar um beijo entre dois homens gays ele teria ficado
furioso.
Esta reação homofóbica é tÃpica de quem se esconde dentro do armário,
por ter problemas com a própria sexualidade, seja ela psiquiátrica ou
por medo da reação da famÃlia, e o fato de ser muçulmano complicava
ainda mais: o Estado Islâmico condena a homossexualidade e vÃdeos na
internet comprovam isso, o IE joga homens homossexuais do alto de um
prédio em um deles.
Mateen foi descrito ainda como um rapaz que adora selfies, suas
primeiras fotos divulgadas são selfies de frente ao espelho, em seu
perfil no myspace. Na adolescência Mateen teve uma série de problemas,
testemunhas ouvidas dizem que ele vangloriou aplaudindo os ataques do 11
de setembro, ameaçou matar colegas e um professor disse que reconheceu nele um possÃvel adulto violento.
Ele foi descrito pela ex-mulher como "instável psicologicamente" e que
"poderia ter tendências homossexuais", segundo reportagem do SBT Brasil e
que inclusive teria dito ao FBI sobre o assunto.
HOMOFOBIA MATANo Brasil o caso causando grande comoção, mas também comentários homofóbicos dizendo que a boate estava repleta de HIV e outros vangloriando o ato de Mateen. No Brasil a cada 31 horas um LGBT é assassinado, os dados são dos site Homofobia Mata, que é administrado pelo Grupo Gay da Bahia, no ano passado foi uma morte a cada 27 horas.
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