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Senhora do Destino reestreia hoje, no "Vale a Pena Ver de Novo"

As protagonistas da novela Maria do Carmo, Lindalva/Isabel e Nazaré Tedesco (Gshow/TV Globo)
A novela "Senhora Do Destino", de Aguinaldo Silva, volta ao ar nesta segunda-feira (13) na faixa do Vale a Pena Ver de Novo, dividindo espaço com "Cheias de Charme", por uma semana e depois assumindo a faixa sozinha. É a segunda reprise da novela, totalizando três exibições, incluindo a original em 2005.

A trama conta a história de Maria do Carmo (Carolina Dieckmann/Susana Vieira) que em busca do marido Josivaldo (José de Abreu) e de uma vida melhor para os quatro filhos se muda para o Rio de Janeiro em um "pau de arara", ao chegar no Rio ela deixa  filha recém nascida com um dos filhos que é enganado por Nazaré Tedesco (Adriana Esteves/Renata Sorrah) que rouba a criança.

Maria do Carmo construiu um império no subúrbio do Rio de Janeiro onde dá emprego para muitas pessoas, mas tem no filho mais velho Reginaldo (Eduardo Moscovis) a sua única e profunda decepção. Maria do Carmo passou a vida inteira atrás da filha Lindalva (Carolina Dieckmann), que é criada por Nazaré como Isabel.

Por ordem do destino Isabel arruma um emprego no restaurante que seu irmão Viriato (Marcelo Antony) trabalha, Isabel tem na irmã de criação Maria Claudia (Leandra Leal) uma fiel escudeira, que faz de tudo para desmascarar Nazaré, que matou seu pai: Luis Carlos Tedesco (Tarcísio Meira).

SUCESSO

A novela foi um dos maiores sucessos da teledramaturgia brasileira, tem a maior média de audiência dos últimos anos marcando média de 51 pontos. A maioria dos personagens causavam repercussão na mídia e público, como Giovanni Improtta (José Wilker) um fiel apaixonado por Maria do Carmo que faz de tudo para conquistá-la, mas tem em Dirceu de Castro (José Mayer) seu arquiinimigo, posteriormente ele ganha outro rival: Josivaldo.

Mas ninguém fez mais sucesso na novela do que Nazaré Tedesco, magistralmente interpretada por Renata Sorrah. Atriz que acumula sucessos e não via tanta repercussão desde 1989, quando interpretou Heleninha Roitmann na novela Vale Tudo, de Aguinaldo Silva com Gilberto Braga. Embora sempre fizesse sucesso, como a "Quenga chefe" de Greenville, em A Indomada (1997), foi com NAzaré Tedesco que Sorrah ficou eternamente marcada.

Doze anos depois a personagem ainda ganha destaque nas redes sociais com suas tiradas cômicas, os fãs fizeram dezenas de gifs e criaram memes com cenas de sua personagem na novela. Como ela sambando em cima da cama, se chamando de gostosa no espelho e muitos outros.

MINISSÉRIE

A primeira fase da novela, que durou cinco capítulos, foi um grande marco da televisão do século XXI, o primor foi tamanha que chegou a ser comparada como uma minissérie antecedendo a novela. A direção de fotografia, deu um aspecto belíssimo ao enredo marcado por situações históricas, conquistando o telespectador de imediato.

Maria do Carmo chega ao Rio de Janeiro no dia 13 de dezembro de 1968, dia em que foi decretado o Ato Institucional Número 5, pelo Governo Militar.

No meio da confusão ela se refugia em uma casa abandonada, no mesmo lugar que o destino colocou Nazaré (Adriana Esteves), uma ex-prostituta que finge uma gravidez para segurar o marido. Nazaré rouba a criança e a registra em seu nome, dando a ela o nome de Isabel.

Desesperada, Maria do Carmo acaba adentrando à uma manifestação nas ruas do Rio e acaba presa, onde na cadeia recebe a ajuda de Dirceu de Castro (Gabriel Braga Nunes), que fica impressionado com sua história e posteriormente descobre que ela é irmã de seu colega, Sebastião (Luiz Carlos Vasconcellos), motorista de Josefa. Maria do Carmo consegue a soltura e vai em busca dos filhos, exceto de Lindalva e jura diante dos filhos e do irmão, que sua vida será dedicada à localizar a filha.

Enquanto Maria do Carmo embarcava para o Rio de Janeiro, a capital federal brasileira vivia um campo de batalha em plena ditadura militar. teve participação especial de Marília Gabriela interpretando uma Josefa de Medeiros Duarte Pinto, a poderosa dona do jornal Diário de Notícias, inspirado na vida real da época.

"O Diário de notícias não pode ser solidário com tais protestos, por isso expressa mais uma vez, sua reprovação os atos de violência praticados pelos Governos Militares, contra a ordem material do país. Vale a pena repetir, o lema que norteia nossas atitudes: 'Pela ordem sempre, nunca pela desordem, parta de onde partir, tenda para onde tender", cita Josefa a um de seus repórteres para publicar no jornal uma nota.

Josefa foi caçada pela ditadura, por ser contrária ao regime militar. No jornal, ainda trabalhava Dirceu de Castro que tinha na patroa Josefa um ídolo, Josefa ainda tinha um motorista: Sebastião ferreira da Silva (Luiz Carlos Vasconcellos), irmão de Maria do Carmo. Ele era apaixonado pela patroa, que ao morrer, Josefa deixou um carro para o empregado, com uma herança posteriormente encontrada.

A trilha sonora é um espetáculo à parte: além da belíssima releitura de Maria Rita na abertura da novela, interpretando "Chegadas e Partidas", de Milton Nascimento. A primeira fase foi embalada por canções que marcaram a cena cultural em plena ditadura. Como Sabiá (Chico Buarque) e Peixe Vivo (Milton Nascimento).

CENSURA

Para ser exibida na faixa da tarde, a Rede Globo vai cortar uma série de cenas e tramas: como o que se refere à violência e o romance homossexual entre Eleonora (Milla Christie) e Jeniffer (Barbara Borges), que conquistaram o país e tiveram cenas românticas exibidas, e tiveram final feliz. Embora não tinha sido divulgada quais cenas de violência serão cortadas, muitas delas são protagonizadas por Nazaré que jogou diversas pessoas da escada de sua casa - o que virou um marco durante a novela.

CURIOSIDADES

Nazaré virou um marco e suas situações também, como as cenas que ela joga as pessoas da escada de sua casa e da tesoura, que usava para ameaçar a sua enteada Maria Claudia. Ela tinha falas fortes e engraçadas como chamar Maria do Carmo de "Anta Nordestina" e Maria Claudia de "Pamonha", em uma das cenas ela chamou o filho de Do Carmo de "flagelado", recebendo um tapa de troco.

O Dia 13 de dezembro de 1968, marcou a vida de outra personagem de novelas de Aguinaldo Silva. Maria Antonieta Esteves, ou simplesmente, Tieta (Claudia Ohana/Betty Faria), que é expulsa da cidade de Santana do Agreste, neste mesmo dia na novela Tieta - que será reprisada pelo Viva a partir do dia 1º de maio.

Na abertura da novela o autor Aguinaldo Silva aparece, nunca em uma telenovela isso aconteceu. A vinheta é marcada por todos os personagens em pé, que na época foi comparada com a propaganda da rede de telefonia Tim, e copiada pela Record TV na chamada de final de ano da emissora.

Miriam Pires era cozinheira da casa de Do Carmo, Clementina, e teve que se afastar da novela para uma tratamento médico, mas a atriz faleceu com a novela no ar. Foi a última novela do ator Raul Cortez, que interpretava o Barão de Bonsucesso, Pedro Correia de Andrade Couto, ele também estava doente e teve diversas cenas remarcadas e reescritas.

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