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Eurico elogia Elis Miranda e depois reconhece Nonato em "A Força do Querer"

Eurico fica boquiaberto ao reconhecer Nonato (TV Globo)
Ao dar de cara com Elis Miranda (Silvero Pereira) fazendo um pocket show no desfile da "Hope", Eurico (Humberto Martins) terá uma reação inusitada em "A Força do Querer". Elis foi convidada para participar do desfile pelo empresário da marca no show que fez na semana passada cantando "Fera Ferida", homenagem à Maria Bethânia.

Eurico vai elogiar o desempenho artístico de Elis, sem saber que se trat de seu funcionário. Aos poucos, reparando melhor na artista transformista, ele vai reconhecê-lo. Segundo o colunista do jornal O Dia, Eurico vai demitir Nonato.

Triste, o transformista fará muito sucesso com a apresentação se tornará uma divina diva, homenagem que Gloria Perez fará para as transformistas do documentária "Divinas Divas" de Leandra Leal. As cenas serão exibidas no último capítulo da novela nesta sexta-feira (20) e será uma homenagem também à travesti e transformista Rogéria que morreu em setembro e participaria da novela.


HETERONORMATIVIDADE

Nonato (Silvero Pereira) foi contratado por Eurico como motorista da família para vigiar a esposa, uma jogado compulsiva. Na primeira cena que o ator gravou ficou clara a abordagem que o personagem teria, ele teria de esconder a sua verdadeira identidade. O perfil heteronormativo, situação em que a condição de heterossexual é a única forma normal de se viver, ficou muito evidente.

Transformista, ele foi questionado sobre o coque que estava usando, disse que se tratava de uma promessa da mãe. Eurico, machista e homofóbico disse que aquilo era coisa de marica, mas acabou por contratá-lo.

Nonato passou toda a novela escondendo a sua verdadeira identidade do patrão, que sempre teve um discurso machista e preconceituoso. Passou por mal bocados ao dar de cara com ele na rua, mas conseguiu se esconder.

Vindo do interior do Ceará o personagem contou sua trajetória, sobre o dia em que foi descoberto pelo irmão cantando em uma boate, foi agredido e xingado pelo irmão que não o queria mais em casa. No decorrer da novela a autora abordou a violência que o público trans enfrenta no dia a dia.

Nonato foi agredido, fisica ou verbalmente, por diversos momentos. Um deles ao lado de Biga (Mariana Xavier), que se tornou sua melhor amiga, valente ele enfrentou tudo com grande personalidade e força, as cenas de insultos e xingamentos foram o ponto alto desta abordagem.

Em 2016, a cada 25 horas um LGBT foi assassinado no Brasil, estes números fazem parte do relatório que o grupo gay da Bahia (GGB) divulga anualmente no site homofobiamata.wordpress.com.br. Foram 343 mortes, 50% (173 mortes) dos homossexuais masculinos e 42% (144 mortes) do público trans (travestis e transexuais). 

"Foram assassinados ainda 10 lésbicas (3%), 4 bissexuais (1%) e 12 heterossexuais, como os amantes de transexuais (chamados de “T-lovers”), inclui-se ainda nestas 12 mortes parentes ou conhecidos de LGBT que foram assassinados por algum envolvimento com a vítima, como o ambulante do metrô de S. Paulo ou por serem confundidos com gays", segundo o relatório.

Em 2017, 320 LGBTs foram assassinados até o dia 17 de outubro, que corresponde a uma morte a cada 22 horas.

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