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Ivan é atacado na rua em "A Força Do Querer"

Ivan é agredido por transfóbicos na rua (TV Globo)
Ivan (Caro Duarte) vai sofrer um ataque transfóbico em "A Força do Querer", no capítulo de terça-feira (10), a novela de Gloria Perez vai ser exibida após o jogo da seleção brasileira e tem previsão de início para 22h30.

Ivan será atacado por transfóbicos na rua gratuitamente e vai acabar perdendo o bebê que espera de Claudio (Gabriel Stauffer). Ao receber uma ligação de um estranho, Joyce (Maria Fernanda Cândido) ficará em desespero ao saber que o filho foi atacado.

Homens atacam Ivan na rua gratuitamente (TV Globo)
É o início da aceitação da socialite para a transição de gênero do filho.

VIOLÊNCIA

Somente em 2017, pelo menos 304 LGBTs foram assassinados no Brasil, este número corresponde a uma morte a cada 22 horas em todo o país, entre estas mortes existem casos de suicídio, causa comum de morte por não aceitação destes cidadãos.

Não são apenas as lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transgêneros que sofrem com a triste realidade da homofobia e transfobia, os heterossexuais também. Luiz Carlos Ruas, vendedor ambulante, foi assassinado dentro da estação do Metrô em São Paulo por dois lutadores marciais quando tentava defender duas travestis e um gay de ataques.

Em 2011, um homem de 42 anos teve a orelha decepada pelas porradas que recebeu de um grupo de jovens homofóbicos que ao vê-lo abraçado com o próprio filho achou que se tratava de um casal de homossexuais. O Brasil é ainda, segundo OGNs internacionais, o país que mais mata transexuais e travestis no mundo.

Segundo um relatório anual do Grupo Gay da Bahia - GGB, 293 gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros foram assassinados em 2017, até a data de publicação deste post. É uma morte por dia, ou mais, a cada 22 horas um LGBT é assassinado no Brasil.

HOMOFOBIA MATA

Segundo uma reportagem do portal UOL, assinada por Tai Nalon, o Governo Federal cortou as verbas para programas específicos em defesa da comunidade LGBT, até o momento nenhum R$1 foi repassada para nenhuma instituição a fim de promover  o preconceito.

Segundo um gráfico, que ilustra a reportagem, foram investidos 1,74 milhões em 2014, R$ 966 mil em 2015 e R$ 519 mil em 2016, R$ 512 mil para as cidades de São Paulo e Sapucaia do Sul (RS) e para todo o Estado da Bahia.

CAMPANHA

Enquanto isso, na telenovela "A Força do Querer" a novelista Gloria Perez, faz uma campanha em torno da identidade de gênero e do respeito aos travestis e transexuais no horário nobre, o principal produto da telenovela brasileira.

Para Maria Immacolata Vassallo de Loppes, que estuda telenovelas brasileiras, e que escreveu o artigo "Telenovela Brasileira: Uma Narrativa Sobre a Nação", a telenovela no Brasil desde a década de 1960 as telenovelas quebrando um modelo padrão de narrativa de "capa e espada" vem representando diálogos formais e situações cada vez mais próximas do telespectador.

"Este paradigma trouxe a trama para o universo contemporâneo das cidades grandes braileiras, o uso de gravações externas, introduziu a linguagem coloquial, o humor inteligente, uma certa ambiguidade dos personagens e, principalmente, referências compartilhadas pelos brasileiros", relata a estudiosa.

A telenovela é uma das principais formas de comunicação entre os brasileiros, por isso, muitos creditam a este gênero, a teoria do agenda setting - teoria que discute um determinado assunto,k proposto pela mídia, que determina quais assuntos a sociedade virá a discutir. Nos últimos 20 anos, esta teoria está cada vez mais presente na sociedade, temas importantes e jamais discutidos de forma popular formja inseridos nas telenovelas brasileiras.

O estatuto do idoso, o alcoolismo e a violência contra a mulher foram temas, entre outros, abordados pelo novelista Manoel Carlos, na novela "Mulheres Apaixonadas" em 2003. Gloria Perez usou destes recursos sociais e fez diversas campanhas em suas telenovelas, as mais populares foram a busca por crianças desparecidas em "Explode Coração" (1995), o combate ao vício de drogas e álcool em "O Clone" (2001), o tratamento e convivência de esquizofrênicos em "Caminho das Índias" (2009) e o tráfico de humanos em "Salve Jorge" (2012), foram alguns dos temas abordados pela autora.

Em "A Força do Querer", a novelista leva para a casa de milhões de telespectadores a identidade de gêneros, o respeito e a aceitação de transexuais, transgêneros e travestis juntos à sociedade. A novela discute, pela primeira vez na história, em como estes cidadãos sofrem por não serem aceitos pela sociedade e pelos familiares.

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