“ Acho que ela foi manipulada”, diz Danilo Caymmi sobre opiniões políticas de Nana

O cantor, compositor e produtor Danilo Caymmi gravou um vídeo sobre Nana Caymmi (1941-2025), que morreu no último dia 1.

Nana, em 2017, deu uma entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, em que atacou apoiadores de Lula, não apenas o povo, mas seus amigos Caetano Veloso e Chico Buarque, e o ex-marido Gilberto Gil. Na época, uma polarização política dominava o país, amenizada posteriormente.

Nana, que já desejava encerrar a carreira, especialmente com apresentações de grande shows e turnê, acabou sendo aposentada pelas falas grosseiras e polêmicas. Teve um apagamento gigantesco, fãs deixaram de ouvi-la e, apesar de não cair no ostracismo, por ser grandiosamente intérprete ímpar, não tinha mais relevância.

Após sua morte, no dia 1 de maio, após oito meses internada, seu irmão Danilo Caymmi, gravou um vídeo em que a defende, especialmente, sobre suas opiniões políticas - de apoio a Bolsonaro:

"Acho que falo em nome de todos, principalmente da minha irmã, sobre o aproveitamento político que está sendo feito com relação a ela. Para vocês terem uma ideia, a Nana não tinha celular, não tinha e-mail, não tinha rede social, alheia aos acontecimentos há, no mínimo, dez anos. Então isso é muito grave", lamentou Danilo, que prosseguiu: “A opinião política dela era completamente superficial. Não tinha essa profundidade. Falo para as pessoas que gostam da Nana, dos artistas que ela ofendeu, de certa maneira. Era muito superficial. Acho que ela foi manipulada com relação a essas coisas. É muito difícil para mim ver esse aproveitamento político num Brasil polarizado." Assista aqui

GERALDOPOST teve contato com Nana Caymmi, após entrar em contato com a filha, em busca de uma entrevista, foi passado telefone fixo de sua residência, em que a colaboradora de sua casa passou contato de seu produtor, na época Guto Burgos. O que mostra, uma verdade na fala de Danilo. Nana vivia reclusa.

Na última quinta (1), após o anúncio de sua morte, Jair Bolsonaro se manifestou nas redes sociais, enquanto o atual presidente da república, Luís Inácio Lula da Silva, manteve-se em silêncio.