O Globo Repórter desta sexta (27), traz reportagens especiais sobre a cantora e intérprete Maria Bethânia, no especial Personalidades. O programa contará com a participação em depoimento de artistas como Roberto Carlos, Adriana Calcanhotto, Vanessa da Mata, Alcione e Gilberto Gil.
O programa já apresentou edições especiais com Fernanda Torres, Rebeca Andrade, Glória Maria e Alcione. Bethânia completa este ano 60 anos de carreira, e acaba de anunciar uma turnê comemorativa que passará pelo Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador.
O programa mostrará entrevistas com personalidades que fazem parte da trajetória de Bethânia como Vanessa da Mata: “Eu fiz uma letra chamada ‘A força que nunca seca’ pensando na minha avó, porque ela era uma nordestina do sertão da Bahia, então tinha muito a ver com Dona Canô. Aí, eu mandei para o Chico César, que também tinha uma mãe que era nordestina e que tinha esse costume da lata, de levar coisas na coluna. De repente, Bethânia canta uma música cuja letra era minha e dá essa força toda numa capa de disco. Eu comecei a fazer música pensando nela e “A força que nunca seca” é um nome que só uma mulher com muita sabedoria para entender”, revela Vanessa.
“Ela é uma bússola, um farol, uma artista única. E tem muito essa coisa do Brasil, do jeito que ela enxerga o país. Ela se deixa afetar pelos autores, pelos compositores. Ela pesquisa, ela vai buscar, ela descobre coisas que ninguém viu antes. Ela entende coisas que estão aí, que qualquer um de nós podia entender, mas ela entende antes e nos devolve. A gente se vê através da interpretação dela”, afirma Adriana Calcanhoto.
Gilberto Gil conta como a cantora influenciou a sua carreira, no palco, sobre interpretação: “Eu passei a incorporar a voz de Bethânia na minha própria voz, no palco, na dimensão cênica do meu trabalho. É uma coisa que pouca gente sabe, mas ela se tornou uma referência para mim do ponto de vista da atuação como cantor. Toda aquela desenvoltura dramática que ela tem em relação às palavras, em relação aos temas. Tudo aquilo fui incorporando no meu trabalho. E, no palco, talvez a Bethânia tenha sido a influência maior, no desenvolvimento da minha possibilidade cênica”, disse ele.
“Existem cantores e intérpretes. A Bethânia reúne as duas coisas. Porque às vezes o cara canta muito bem, mas não interpreta, não passa a emoção que aquela letra diz, mesmo tendo o privilégio de ser um cantor da maior qualidade", explica Roberto Carlos na entrevista.
“E a Bethânia tem tudo isso, tem as duas coisas. Ela interpreta, ela é uma grande cantora e uma grande intérprete. Bethânia quando diz ‘oi’, já tá dizendo alguma coisa a mais”, completa o cantor.
O programa foi até Santo Amaro da Purificação e entrevistou familiares, amigos e compositores, abordando fé e brasilidade, tão presentes na trajetória da cantora.
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