O filme A Melhor Mãe do Mundo, de Anna Muylaert, chega aos cinemas com a história de Gal (Shirley Cruz), que ao escapar de um relacionamento abusivo, enfrenta os perigos das ruas ao lado de dois filhos.
"Acho que a Gal é a que tem uma situação mais vulnerável, mas sem dúvida é a mãe mais madura, com mais autoestima e a que enfrenta a vida com mais coragem, responsabilidade e fé", diz Muylaert.
O filme propõe reflexões profundas sobre temas como a violência doméstica. Na história, Gal decide romper com o ciclo de abusos que vivia, enfrentando a realidade de peito aberto. O filme revela como, muitas vezes, a luta de uma mulher para se libertar de um relacionamento violento é tratada como um simples 'problema familiar', minimizando sua gravidade e dificultando o rompimento definitivo.
O filme começou sua trajetória de festivais no início do ano, com exibição em um dos mais importantes do mundo: a Berlinale de 2025. Além do Festival de Berlim, o longa passou por importantes festivais ao redor do mundo, como os franceses CinéLatino Toulouse e Festival de Cinema de Nice; San Francisco International Film Festival (EUA); Festival Internacional de Cinema de Guadalajara (MEX); e nos nacionais Cine PE, Festival Goiamum Audiovisual e Bonito Cinesur.
E não só passou pelos festivais, como conquistou prêmios por onde passou. No Cine PE, o longa saiu consagrado com cinco prêmios: Melhor Filme – Júri, Melhor Roteiro, Melhor Atriz para Shirley Cruz, Melhor Atriz Coadjuvante para Rejane Faria e Melhor Montagem; no Festival de Cinema de Nice, venceu prêmio do público e na 37ª edição do Festival CinéLatino Toulouse, levou os prêmios de Melhor Filme de Ficção pelo Voto Popular e ganhou ainda os prêmios Rail D'Oc e Cine+ Festival.
No Festival Internacional de Cinema de Guadalajara foi reconhecido com três prêmios: Melhor Interpretação, para Shirley Cruz, Melhor Roteiro, para Anna Muylaert, e Melhor Fotografia, para Lílis Soares; no Bonito Cinesur, ganhou o prêmio de Melhor Filme do Júri Popular; e na 11ª edição do Festival Goiamum Audiovisual, o longa ganhou os prêmios de Melhor Filme; Melhor Roteiro; Melhor Atuação para Shirley Cruz; Melhor Som e Melhor Direção de Arte.
No elenco Seu Jorge no papel de Leandro, o parceiro abusivo de Gal. Conhecido por sua presença carismática, o artista surpreende ao entregar uma performance intensa e sombria. O elenco também conta com Luedji Luna, que faz sua estreia como atriz, interpretando Val, prima de Gal. Os filhos da protagonista são vividos por Benin Ayo e Rihanna Barbosa, e a produção conta ainda com nomes de peso como Rubens Santos, Rejane Faria, Lourenço Mutarelli, Kauezinho Rodrigues, João Fellipe Felix, Katiuscia Canoro, Ayomi Domenica e o rapper Dexter.
Muylaert é diretora de filmes como “Mãe Só Há Uma”, “E Além de Tudo me Deixou Mudo o Violão”, “Que Horas Ela Volta?” e “Durval Discos”
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