No dia 29 de dezembro de 1992, Guilherme de Pádua e Paula Thomaz deram 22 tesouradas em Daniela Perez, atriz e bailarina que vivia o auge da carreira como estrela da novela De Corpo e Alma.
Horas depois do crime, o assassino, foi consolar a mãe - Glória Perez - e o marido - Raul Gazolla - da vítima. Com crime chocou o país: “A dor pela perda da Dani não passa nunca, vai morrer comigo”, diz Raul Gazolla em entrevista a Folha.
“Eu tinha um desejo absurdo de fazer justiça com as próprias mãos e não ficaria culpado. Esse era o meu maior problema. Eu não me sentiria culpado”, conta o ator e influenciador digital que aos 70 anos volta aos palcos com o musical Chorus Line, que ele estrelou também no final dos anos 1980.
“A nossa lei é tão falha que os assassinos cometem crimes absurdos e, quando são pegos, ficam presos quatro, cinco anos e em seguida estão soltos de novo”, disse o ator que ao lado de Glória Perez buscou justiça na Justiça. Ela conseguiu, nos anos que seguiram ao assassinato da filha reunir mais de 1 milhão de assinaturas para fazer de incluir o homicídio como crime hediondo.
“Mas eu sabia que qualquer ato que eu fizesse me deixaria no mesmo patamar dos assassinos, então controlei os meus leões. Eles continuam vivos dentro de mim, mas eu não os alimento”, completa o ator. Gazolla era casado com Daniela Perez que mesmo após de morta foi vítima do machismo e de mentiras por parte dos assassinos e da mídia que tentavam justificar o crime com notícias mentirosas.
Quase 30 anos depois da morte da jovem atriz, o país se emocionou com a série Pacto Brutal da HBO Max, que documentou o crime em uma série documental. No dia 6 de novembro daquele mesmo ano, Guilherme de Pádua sofreu um infarto e morreu.
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