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Festival Vórtice celebra sexualidade LGBT e comercializa obras de arte Queer


O Festival Vórtice (Foto de Felipe Ghirelo/Divulgação) celebra a sexualidade e dissidências LGBTs em mostra que reúne 133 artistas, e o público pode adquirir as obras de artes em diversas linguagens artísticas, como pintura, escultura, fotografia, ilustração, gravura, cinema, videoarte, publicações e performances.

Todas as obras estão à venda e podem ser adquiridas diretamente pela galeria online do Vórtice Cultural.

“O Festival Vórtice nasceu do nosso desejo de criar um espaço de celebração e resistência, onde a arte erótica possa ser expressa sem medo ou censura”, conta Leonardo Maciel, um dos idealizados do festival. “Acreditamos no poder transformador da arte e na importância de dar visibilidade a vozes diversas. Ao longo dos anos, tivemos a honra de apresentar obras que desafiam normas e promovem o diálogo sobre identidade e liberdade”, continua.

“Desde o final de 2024, iniciamos uma ação de campo voltada à internacionalização de artistas, com visitas a galerias, instituições, feiras, ateliês e colecionadores ao redor do mundo. A arte erótica brasileira precisa ser mais conhecida fora do país — e nossos talentos, mais valorizados”, conta o curador Paulo Cibella, que continua: “Por aqui, isso ainda é um desafio, diante do conservadorismo do mercado e das estruturas institucionais. Ao longo de três anos de projeto, já analisamos mais de mil portfólios, provando que não se trata de um nicho isolado, mas de uma verdadeira legião de artistas potentes, que merecem ser descobertos e acompanhados com seriedade”, reforça Cibella.

Consulte a programa paralela do último final de semana do Festival:

No sábado (28/06), às 14h30, haverá exibição do filme Desaprender a Dormir (2021), do diretor carioca Gustavo Vinagre, e performance da artista visual e escritora Indiara Nicoletti com o músico Seht Zhan. No domingo (29/06), o DJ set da festa de encerramento é de Leandersson, a partir das 16h. Além disso, a produção também está aberta a convites de grupos que desejem realizar agendamento de visitas guiadas.

Durante o período expositivo, o Festival trouxe performances dos coletivos Prosa Afiada e Room04 Pole, além do artista goiano O Santo Inimigo do Mal. Passaram também pelo evento DJs como Daniel Peixoto, Transvegana, Leandersson, Patrick e Demarchki.

A programação incluiu ainda testes gratuitos de ISTs, em parceria com a ONG AIDS Healthcare Foundation (AHF Brasil), exibição de filmes e documentários, rodas de conversa conduzidas pela ONG Impulse (São Francisco, EUA), abordando temas como abuso, bullying, “boa noite Cinderela”, sexo químico e estigmas relacionados à saúde sexual, entre outras atividades.

Entre os artistas em destaque estão:

Slava Mogutin (Rússia), cuja obra provocadora aborda sexualidade, identidade e dissidência queer por meio da fotografia, performance e literatura;

Marcelo Caetano (MG), diretor do filme Baby (2024) — premiado 28 vezes e exibido em mais de 80 festivais, incluindo a Semana da Crítica em Cannes;

Fernando Carpaneda (DF), um dos primeiros artistas brasileiros a tratar sistematicamente de temas homoeróticos nas artes plásticas, com obras leiloadas na Sotheby’s e reconhecimento do The Arkell Museum (Nova York);

Rafael Mesquita (Brasil), que participa com trabalhos que exploram identidade, emoções e vivências LGBT+ de forma expressiva e intimista.

Também compõem o festival Pietro Spirito (Itália), escultor queer que vive entre Berlim e Paris e cria figuras antropomórficas com humor e provocação

Sidney Amaral (SP – 1973–2017), artista que tratou com profundidade temas raciais, sociais e históricos do Brasil, além de criar obras de forte carga simbólica e erótica; 

Fernanda d’Boer (SP), que investiga formas do corpo feminino em cerâmica esmaltada;

Shirley Prado (SP), fotógrafa de olhar sensível e imagens ricas em camadas;

Wasabi (SP), artista nipo-brasileira conhecida por suas histórias em quadrinhos;

Marina Luísa (MA), cuja produção transita entre o analógico e o digital, misturando referências cotidianas e fantásticas com humor, crítica e emoção.

4º Edição do Festival Vórtice
Local: Avenida São Luís, 86. República. São Paulo-SP
Período expositivo: até 29 de junho, segunda a domingo, das 10h às 19h
Classificação Indicativa: 18 anos
Ingresso: Entrada gratuita*, com emissão obrigatória do ingresso pela Sympla
*Para acessar o evento, é necessário doar 1kg de alimento não perecível.

Site: vorticecultural.com
Instagram: @vorticecultural

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