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"O outro lado do paraíso" tem estreia morna e tramas repetidas

Gael e Clara, casal protagonista de poder do merchandising social (TV Globo)
A estreia de "O Outro Lado do Paraíso" nesta semana trouxe a tona uma problemática para a Globo, reconquistar 15 pontos perdidos desde o fim de "A Força do Querer". A trama de Walcyr Carrasco estreou com 35 pontos de audiência na segunda-feira, perdeu dois pontos no dia seguinte. Embora tenha sido a melhor audiência em um primeiro capítulo desde "Avenida Brasil", a novela despencou.

A trama mostrou o desenrolar de um romance, apavorante. Da mocinha Clara (Bianca Bin), que se apaixona pelo estranho Gael (Sérgio Guizé), enquanto ela será 'cortejada' pelo médico Renato (Rafael Cardoso), ela acabou por conhecer e se encantar, quase que imediatamente pelo empresário interpretado por Guizé.

Clara se apaixona, mas logo de cara vê reações estranhas no amado, que por um ciúme 'ridículo' ameaça jogar Renato do alto de um precipício. Clara não enxerga neste ato o que transformaria sua vida em um inferno. Ela, casa com gael e já na lua-de-mel leva uma surra. Este é o ponto de partida para o primeiro merchandising social que apareceu na novela, a agressão doméstica que a cada hora faz 503 vítimas no Brasil. Além deste, existem outros como racismo e preconceito contra anões, este último como única trama realmente original da novela.

O sotaque de Guizé no primeiro capítulo parecia uma continuação do personagem Candinho de "Êta Mundo Bom", que foi ao ar no ano passado. No decorrer da semana ele melhorou a entonação de voz e 'perdeu a lembrança'.

Marieta Severo é uma mãe que renega o filho, é uma vilã com forte persuasão sob o filho Gael, o manipula de forma contundente. No segundo capítulo, ficou claro que a violência de Gael contra a mulher já vinha do casamento anterior. Embora seja um enredo importante para a sociedade, é uma trama desgastada, mas antes de qualquer análise é preciso assistir os próximos capítulos.

As demais tramas, são todas requentadas de novelas anteriores. A empregada negra com o patrão branco, a pobre sendo rejeitada pelo sogro, o gay afetado no salão de beleza e o gay enrustido casado para esconder seu desejo, este último núcleo por exemplo, ficou nítido um "padrão" escolhido pelo autor, o homem procurando aventuras sexuais pela internet.

De original, apenas as atrocidades de Sophia (Marieta Severo) contra a própria filha, à quem ela chama de  "aberraçãozinha". Estela (Juliana Caldas), uma jovem anã que não encontra dentro de casa qualquer suporte para ter uma vida adaptada. Outra trama que chamou a atenção, foi do delegado Vinicius (Flavio Tolezani), que casado com uma mulher mais velha, apareceu em cena com um ar misterioso, vale a pena esperar para ver.

Walcyr, como todos sabem, é uma fábrica de fazer novelas. Escreve com três colaboradores e despontou para a faixa das 21h em 2002, quando substituiu Benedito Ruy Barbosa em "Esperança", na época a novela ia mal de audiência e tinha capítulos atrasados e ele foi a alternativa para findar a crise, em vão.

Em 2013, agora com uma trama 'pra chamar de sua', escreveu "Amor à Vida", em que o vilão um gay enrustido que casou com uma mulher para escolher de todos sua orientação sexual, bem parecido com o interpretado por Eriberto Leão, agora. "O Outro Lado do Paraíso" está bem no começo, teve cinco capítulos exibidos e é cedo demais para qualquer crítica fundamentada, esperasse muita história por aí, mas a semana de apresentação foi bem morna.

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