Ticker

6/recent/ticker-posts

Header Ads Widget

"Ele disse pra amiga que se eu fosse irmão dele ele iria me ensinar na hora a ser homem", relata vítima de agressão verbal | A cada 21h um LGBT é morto no Brasil



"Eu passei, por uma dentro do trem. Um cara que tirou com a minha cara e uma senhora me defendeu, por que, eu estava com a unha do pé pintada. Ele disse pra amiga que se eu fosse irmão dele ele iria a me ensinar na hora a ser homem. E uma senhora escutou e disse que ela tinha um filho gay e que ele não deveria fala esse tipo de coisa dentro do trem, pois ele poderia recebe um surra... Fiquei muito triste com aquela situação. Lembro até hoje do ocorrido e fiquei com muita vergonha."

O depoimento acima destacado é de um homem gay, de 30 anos, morador da Zona Leste de São Paulo. A agressão homofóbica ocorreu dentro do trem da CPTM que liga a capital à região metropolitana, o relato ressalta a agressão verbal ocorrida em 2017. O homem, que pediu para não ser identificado, não foi vítima fatal, assim como as 445 pessoas apenas em 2017. A cada 21 horas um LGBT (lésbica, gay, bissexual ou transgênero) foi assassinado no Brasil em 2018. Em 2017, uma pessoa foi morta a cada 19 horas, os dados são do site HomofobiaMata.wordpress.com monitorado e editado pelo Grupo Gay da Bahia - GGB, um dos mais antigos e representativos coletivos de militância LGBT do Brasil.

Reprodução/GGB
Segundo a Coordenadoria Especial de Diversidade Social - CEDS, do Rio de Janeiro, o registro de agressão física contra pessoas na cidade do Rio de Janeiro no primeiro trimestre de 2018, corresponde a mais que todo o registrado em 2017: 30 entre janeiro, fevereiro e março de 2018 e 27 de todo 2017.

Em São Paulo, que tem uma das maiores Parada LGBT do Mundo, o tema deste ano toca em um assunto importante para a sociedade LGBT, a representatividade LGBT nas casas legislativas do Brasil. O tema foi escolhida em reuniões que antecedem à manifestação pública e diz "No Congresso Nacional, dos 581 parlamentares, temos apenas um deputado assumidamente homossexual que defende as cores da nossa bandeira. Infelizmente, ainda são poucos os políticos heterossexuais e cisgêneros aliados que abraçam a pauta LGBTI+".

Parada LGBT de São Paulo acontece no dia 3 de junho na Avenida Paulista e tem como patrocinadores a marca de cerveja Skol, a rede de transporte UBER e a Doritos. A Doritos por exemplo, mantém patrocínio desde do ano passado com a marca comemorativa "Doritos Rainbow" em que reverte 100% da venda do produto (que tem os snacks coloridos) para cinco instituições ligados ao 'movimento' LGBTI+, entre elas o "Casa 1", centro de acolhida idealizado pelo publicitário Iran Giusti.

A "Casa 1" acolhe pessoas LGBTs em situação de vulnerabilidade social, além de acolher de forma literal estas pessoas (atualmente são 20) com moradia e comida, promove uma série de atividades culturais em sua Sede na Bela Vista, região Central de São Paulo. GERALDOPOST entrou em contato com Giusti para saber quais são as principais necessidades da casa de acolhida. 

A doação em dinheiro, que pode ser em qualquer quantia, pode ser realizada em depósito bancário ou pelo financiamento coletivo http://benfeitoria.com/casa1. Produtos de higiene pessoal ou alimentos também, são aceitos, como "óleo, café, desodorante, papel higiênico, shampoo e condicionador", disse o fundador do centro. A "Casa 1" promove ainda o curso pré-vestibular em parceria com o Instituto Aqua e Noctuam Educação, entre outras atividades como todos os dias 14 do mês, promove uma roda de conversa sobre direitos humanos, a ação é em homenagem à vereadora carioca Marielle dos Santos, assassinada em 14 de março.

Nas doações pelo "benfeitoria.com/casa1", é descontado uma taxa de serviço, portanto, as doações diretamente na conta bancária é melhor.

"Casa 1" fica na Rua Adoniran Barbosa, 151, Bela Vista (São Paulo - SP) (próximo à Av. Brigadeiro Luis Antônio).

Banco Itaú
Ag: 0251 | Cc: 13.581-0
CNPJ: 29.150.382/0001-11
Centro de Acolhida e Cultura LGBT Casa 1

MANIFESTAÇÃO PACÍFICA

Hornet, rede social gay, promove nesta quinta (17) um beijaço no Vão Livre do MASP em uma manifestação pacífica sobre "Dia Internacional Contra  Homofobia". O evento marcado pelo Facebook reúne até o momento 599 interessados e tem um tom de protesto pacífico. "Vamos distribuir alguns brindes e levantar a bandeira do arco-íris para que todos saibam que estamos ocupando um espaço público por respeito, representatividade e direitos igualitários", informa o evento no Facebook.

Folha imagem/Jorge Araújo
O termo Beijaço foi criado no começo dos anos 2000 e no Brasil teve sua primeira edição realizada no Shopping Frei Caneca, mas o tom foi bem diferente do que hoje será promovido no Vão Livre do MASP. Na ocasião, um segurança pediu que dois homens não se beijassem na porta do Shopping, segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo.

"Beijaços costumam ser a manifestação mais tradicionais no "Dia Contra Homo e Transfobia". Hoje estão acontecendo vários em todo mundo. Estamos nos conectando com essa rede e o Hornet, como uma empresa global, está fazendo a convocação. E o dia de lembramos que ainda que tenhamos conquistado alguns avanços ainda há muitas partes do mundo onde ainda é crime ser LGBT", conta André Fischer, Manager da Hornet. "Vamos nos reunir entre 18h e 18h30 no Vão do MASP para um 'Beijaço Contra Homo e Transfobia', para protestar contra o conservadorismo e recrudescimento da violência homofóbica", completou.