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Deputado transfóbico, Douglas Garcia (PSL), assume ser gay


O deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP), que disse que tiraria uma pessoa trans de um banheiro 'no tapa', assumiu ser gay, na sexta-feira (5). Douglas ironizou a orientação sexual "Negro, gay e favelado. Pronto, sou o combo do vitimismo brasileiro", disse. Douglas resolveu 'sair do armário', após, segundo ele, ser acusado de ser transfóbico por amigos e homens com quem já se relacionou..

Tudo começou quando o deputado, eleito com 74.531 votos nas eleições de 2018, e vice-líder do PSL, mesmo partido do Presidente da República, Jair Bolsonaro, dizer que se soubesse que no mesmo banheiro que sua mãe ou irmão estivessem entrasse "um homem que se sente mulher, ou que pode ter alegado o que quiser", ele mandaria sair  dali: "Sou tirar primeiro no tapa e depois chamar a polícia para ir levar".

A fala se deu após críticas da deputada pelo PSOL crítica projeto de lei que apenas o sexo biológico, tida em certidões de nascimento, poderão determinar o gênero de qualquer cidadão quando se trata de esportes.

Além de ser do mesmo partido de Jair Bolsonaro, Douglas defende as mesmas ideias jocosas e ultrapassadas do presidente da república. Em entrevista à Folha, disse que "Isso não me representa, não representa os gays. Não quero as crianças em escola sejam incentivadas a aprender erotização infantil" e disse lutar pela "pureza da infância" e contra "esse absurdo que é o movimento LGBT indo para a rua pegar crucifixo e enfiar no ânus".

IMAGEM

GERALDOPOST decidiu não publicar a foto de Douglas Garcia para não dar visibilidade à ele quanto às falas preconceituosas. No alto a imagem da capa do relatório "População LGBT morta no Brasil - Relatório GGB 2018", que contabilizou apenas no ano passado a morte de 420 LGBTs vítimas de LGBTfobia, o que corresponde a uma morte a cada 20 horas. "Em termos relativos, as pessoas trans representam a categoria sexológica mais vulnerável a mortes violentas. Sob o rótulo 'trans', foram incluídas 81 travestis, 72 mulheres transexuais, 6 homens trans, 2 dragqueens, 2 pessoas não-binárias e 1 transformista. Esse total de 164 mortes, se referidas a 1 milhão de pessoas trans existentes em nosso país, estimativa referendada pelas próprias associações da categoria, indicam que o risco de uma pessoa trans ser assassinada é 17 vezes maior do que um gay", aponta o relatório, que pode ser lido aqui.

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