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Em 2001, Vasco colocou em sua camisa logo do SBT para provocar a Globo

Jorge Araújo/Folha Imagem
Hoje (15) o SBT vai transmitir pela primeira vez em 17 anos a final de uma partida de futebol. Flamengo X Fluminense se enfrentam na final do Campeonato Carioca, a transmissão pelo SBT é após uma briga entre Flamengo e Globo, o time carioca fechou com a principal concorrente da emissora carioca. Mas isso, não é novidade. Em 2000, o Vasco também fez uma tremenda provocação contra a Globo usando o SBT. Relembre abaixo:

Em dezembro de 2000, na final da Copa João Havelange, parte do alambrado da arquibancada do Estádio São Januário, caiu e mais de 100 de torcedores ficaram feridos e a Globo, mudou da cobertura esportiva para a cobertura jornalística, mas Eurico Miranda técnico do Vasco, não gostou da abordagem e agiu nos bastidores.

Em janeiro, pouco menos um mês após o incidente, a final entre Vasco e São Caetano estava planejada e Miranda, para provocar a Globo, colocou o logo do SBT expondo a marca na camisa de todos os jogadores na parte da frente e atrás.

"'Conheço o Silvio há mais de 30 anos. Quis prestar essa homenagem', disse o dirigente, que, quando questionado se a atitude era uma provocação à Globo, não respondeu, apenas sorriu", segundo uma reportagem da Folha de 19/01/2001. A provocação, teve o engajamento do público torcedor vascaíno, que cantava música hostilizando a Globo e homenageando o SBT: "Ão, ão, ão, é o jogo do milhão""Isso é ritmo de festa".

A Globo, que era detentora dos direitos de transmissão da Copa, reagiu e suspendeu o pagamento antecipado das transmissões e mais, contra-atacou fazendo reportagens investigativas sobre o patrimônio milionário do dirigente do Vasco, incompatível com a sua renda de deputado federal. As brigas entre Miranda e a Globo percorreu ainda aquele longínquo ano de 2001, Miranda suspendeu a transmissão dos jogos do Vasco pela TV e foi ao programa do Ratinho e falou mal da Globo e de Galvão Bueno.


PROBLEMÃO

Romário erguendo a Taça com Eurico Miranda no fundo (Ormuzd Alves)
Na época, a provocação de Eurico Miranda contra a Globo causou problemas para o SBT, que alegou não saber que a sua marca estaria no uniforme vascaíno. O São Caetano, adversário desta final e que perdeu para o Vasco, disse ainda no Rio de Janeiro que entraria na justiça alegando que tinha sido passado para trás: "uma cláusula da Lei Pelé, modificada pelo Congresso em 2000, proíbe o patrocínio de um clube por emissoras de TV", dizia o texto de outra reportagem da Folha.

O parágrafo 5º do artigo 27, da Lei Pelé: "Ficam as detentoras de concessão, permissão ou autorização para exploração de serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens, bem como de TV por assinatura, impedidas de patrocinar as entidades de prática desportiva".

"Ainda de acordo com o clube carioca, o contrato entre o Clube dos 13 e a Globo não impedia o Vasco de homenagear outro canal de TV", completa a reportagem da Folha Esporte.

"A assessoria de imprensa do SBT (Sistema Brasileiro de Televisão) informou na noite de ontem que a emissora não havia autorizado o uso de seu logotipo nas camisas do Vasco durante a final da Copa João Havelange", segundo reportagem de Silvio Navarro na Folha online.

Curiosamente, toda a confusão está novamente na Lei Pelé, desta vez modificada pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro, deixando uma brecha para que o time mandante, o Flamengo, venda para quem quiser os direitos da transmissão. O Flamengo tentou vender para a Record TV, mas acabou se acertando com o SBT.

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