O comércio varejista prevê recorde de R$ 3,74 bilhões em vendas durante a Black Friday em 2020, informa a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Se a previsão se confirmar será a primeira data do varejo a registrar um aumento. "Será a primeira data do varejo a registrar crescimento este ano, pelo menos até agora. Desde a Páscoa até o Dia das Crianças, todas as datas comemorativas registraram queda nas vendas", disse o economista Fabio Bentes, responsável pelo cálculo da CNC.
Existe ainda uma previsão de salto de 61,4% no comércio eletrônico e 1,1% nas lojas físicas, com valor de aproximadamente R$ 400 milhões em vendas online de R$ 3,4 bihões nas lojas físicas. "O peso da loja física ainda é muito maior que o do e-commerce. As vendas online cresceram muito nos últimos meses, mas a gente estima que a participação do comércio eletrônico no varejo esteja em torno de 8%", justificou Bentes.
PANDEMIA
Não existe uma previsão de prejuízo devido a pandemia da Covid-19, até mesmo por que o Governo do Estado de São Paulo, principal mercado brasileiro, prevê uma nova avaliação da pandemia após a Black Friday, que acontecerá no dia 27 de novembro. "As medidas restritivas que estão sendo consideradas neste momento ainda não foram implementadas, e a Black Friday já é na semana que vem. Então, acho que isso não atrapalhará tanto o varejo físico neste momento, porque elas ainda serão anunciadas. Se tiver piora na situação da pandemia, aí sim o Natal pode ser afetado por essas novas restrições", prevê Fabio Bentes.
A Black Friday completa 10 anos no Brasil e já é a quinta data mais relevante para o comércio varejista, atrás do Natal, Dias das Mães, Dias das Crianças e Dia dos Pais.
Previsão por segmento:
R$ 1,022 bilhão - eletroeletrônicos e utilidades domésticas
R$ 916,9 milhões - hipermercados e supermercados
R$ 853,4 milhões - móveis e eletrodomésticos
R$ 328,7 milhões - vestuário, calçados e acessórios
R$ 247,0 milhões - perfumaria e cosméticos
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