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Itamaraty pede que LGBTs evitem gestos de afeto na Rússia


A Copa do Mundo da Rússia, que no Brasil está demorando para emplacar, não será das mais amigáveis para o público LGBT. Pelo menos um grupo paramilitar promete garantir que LGBTs não troquem carícias em público, o que na Rússia é proibido. A troca de carícias, no país de Putin, andar de mãos dadas ou beijar é chamado por eles, jocosamente, de "propaganda homossexual aos menores de idade".

De acordo com o The New Times, o grupo paramilitar conta com pelo menos 300 membros que prometem se juntar à polícia para coibir as demonstrações de carinho. "Se virmos dois homens se beijando, diremos à polícia, então caberá à polícia decidir o que fazer", disse o líder do grupo paramilitar, Oleg Barannikov, segundo site de notícias EMais, que pertence ao grupo Estado.

GERALDOPOST procurou pelo perfil de Oleg no Twitter, porém a sua conta foi suspensa pelo microblog. O grupo radical é fiel a Vladimir Putin e respondeu com muita violência, quando o presidente tomou posse a seu quarto mandato presidencial, reagindo com força brutal aos protestos.

ITAMARATY

O Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty, aconselhou, em uma cartilha publicada em seu site, que LGBTs evitem demonstração de carinho em público, por se tratar de 'propaganda de relações sexuais não tradicionais feita a menores'. A informações/recomendação constam na página 36 do Guia:

"Não são comuns na Rússia manifestações intensas de afeto em público. Em particular, recomenda-se à comunidade LGBT evitar demonstrações homoafetivas em ambientes públicos, que podem ser consideradas 'propaganda de relações sexuais não tradicionais feita a menores' e enquadradas em lei (junho de 2016) que prevê multa e deportação. Evite manifestar-se publicamente sobre temas políticos, ideológicos, sociais e de orientação sexual."

A ação é um contraponto a uma informação da Fifa e do Comitê Organizador Local - COL de que símbolos LGBTs (como bandeiras do arco-íris) serão permitidas. "Definitivamente não haverá nenhum tipo de banimento para quem usar símbolos com as cores do arco-íris na Rússia. Está claro que qualquer um poderá vir aqui e não ser multado por expressar os seus sentimentos", afirmou ao jornal Folha de S. Paulo, Alexei Sorokin, em março.

Segundo reportagem da Folha, 'não é raro homossexuais sofrerem agressões físicas ou verbais, inclusive na capital, Moscou'. Recentemente uma emissora de TV argentina, produziu um vídeo que fazia provocações à política homofóbica de Vladimir Putin, porém o vídeo repleto de mensagens machistas não foi bem visto pelos LGBTs, já que faziam piadas machistas e até mesmo homofóbicas que só reforçavam o esteriótipo.

O Guia do Itamaraty pode ser lido aqui.