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'O Canto da Sereia' mostra mais uma vez o acerto em tramas curtas


A Rede Globo está marcada por grandes produções em Janeiro, é assim há mais de uma década, quando em 1999 Chiquinha Gonzaga, protagonizada pela mãe e filho Regina e Gabriela Duarte, foi um tremendo sucesso. A partir daí um um sucesso atrás do outro, os anos foram passando e as um desgaste foi inevitável.
Um novo formato foi lançado pela emissora com as microsséries há quatro anos, foram grandes sucessos com Maysa, Dalva e Herivelto e Dercy, o sucesso da vez é O Canto da Sereia.
Inspirada em um livro de Nelson Motta o thriller baiano é um tremendo sucesso de público e crítica, foge completamente da atual dramaturgia da emissora que está enfrentando uma tremenda crise, que vai de Malhação à Salve Jorge, o carro-chefe da emissora.
O canto da Sereia reforça a tese da emissora de produções mais curtas, as novelas que antes tinham duzentos ou duzentos e vintes capítulos foi diminuídas às 180 no máximo, foi neste mote que Avenida Brasil foi um sucesso. O autor investiu em um elenco pequeno e explodiu, mas perdeu a mão e a encheção de linguiça foi inevitável, mas o sucesso estrondoso.
O Canto da Sereia reflete o que o público quer atualmente, uma trama enxuta e realmente boa, os poucos capítulos são essenciais para que a história da diva baiana morta em pleno carnaval não vire mais uma arrastada produção. Ponto positivo para Isis Valverde que depois da péssima Suéllen convence como a cantora de axé. A escolha foi tão acertada que me leva a crer que a emissora escolheu mal quando não a colocou como Gabriela na novela das 23h de Walcyr Carrasco, deveriam ter esperado mais um ano e ter colocado Isis como a protagonista do romance de Jorge Amado, não que Juliana Paes seja ruim, pelo contrário.
Agora vai ser difícil convencer a Globo de adaptar Vale-Abraão para uma minissérie de 40 capítulos como quer Manoel Carlos, esta nova linguagem de trama curtas é o ideal para não desfocar a qualidade técnica de roteiro, texto e elenco. De George Moura e Patrícia Andrade, escrita com a colaboração de Sérgio Goldenberg. Direção-geral de José Luiz Villamarin, núcleo de Ricardo Waddington, fotografia de Walter Carvalho e supervisão de texto de Glória Perez, só fera.
É a Globo acertando de novo.

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