Um jovem de 24 anos foi assassinado após cair em uma armadilha feita por uma quadrilha - existem diversos relatos na mesma região publicado por vítimas na rede social X -, o jovem marcou um encontro por um App de relacionamento voltado ao público LGBT. Leonardo Rodrigues Nunes marcou o encontro na noite do dia dos namorados e chegou a fazer piada sobre o assunto: que se não retornasse até as 2h, a polícia poderia ser acionada.
A melhor amiga da vítima Evelyn disse ao G1 que ele estava conversando pelo App Hornet com uma outra pessoa, mas não mostrou fotos e nem falou o nome da pessoa e lamentou o corrido na noite dos dia dos namorados, dia que solteiros ficam mais vulneráveis: “O dia 12 de junho deixa as pessoas muito vulneráveis e sensíveis, muito triste que alguém se aproveitou dessa fragilidade para cometer um crime."
O pai de Leonardo foi além disse que o filhos foi vítima de LGBTfobia, embora tudo leva a crer que se trate de latrocínio (roubo seguido de morte): "Ele morreu porque ele era gay. A gente está vivendo em um mundo de ódio. Mas é um ódio que é direcionado. Você não vê ódio contra héteros, você não vê ódio contra brancos ou contra ricos. Você vê ódio contra preto, pobre e contra gays", afirma o pai da vítima.
A mãe pede justiça e questiona até quando isso vai acontecer: "Isso não pode continuar. Hoje foi o meu filho, amanhã é o filho de quem? Quantos mais Leos a gente vai precisar perder?", questiona a mãe do rapaz.
Leonardo compartilhou sua localização com amigos para acompanhar o trajeto e alertou que, se não retornasse até as 2h, a polícia poderia ser acionada, em vão. Ele realmente não mandou mais notícias e a polícia foi acionada. Os aplicativos não dão segurança ao usuário, não sendo possível etapas de segurança e nem dados monitoráveis dos usuários cadastrados.
GERALDOPOST entrou em contato com o App E não obteve retorno até o momento.
EMOÇÃO
Na rede social X, Adriana, mãe de Leonardo fez uma série de postagens de despedida e pedindo justiça pelo filha evocando a comunidade LGBT: “Meu coração sangra de receber uma notícia monstruosa dessa. Meu filho era uma pessoa maravilhosa. Um ser humano iluminado, incapaz de fazer maldade a qualquer pessoa ou animal. Essa luta agora é minha, aliás é nossa. Comunidade Lgbt vamos pra cima”, postou ontem.
Posteriormente ela postou: “Ta doendo demais. Hoje n recebi sua mensagem de bom dia! Tá difícil. A ficha não caiu. Pq meu Deus???? Pq????”, e recebeu diversas mensagens de carinho e apoio.
RELATOS DE VÍTIMAS
O perfil Princess, compartilhou a notícia de morte de Leonardo e disse que quer dar depoimento pois foi vítima da quadrilha. Ele relata que marcou um encontro na região por um App de relacionamento: “Vieram na minha direção me rendendo me apontando uma arma, escondi o celular, desceram e começaram a me apalpar estava resistindo foi quando um deles me deu uma coronhada na cabeça, começou a sangrar muito muito e entrei em estado de choque, juro!”, conta o rapaz na rede social X.
Ele conta que não teve apoio de ninguém na região, que encontrou um guarda que faz ronda na região e nem mesmo da polícia que encontro no percurso de volta para casa.
Outro rapaz relata uma história bem parecida contando que marcou um encontro na mesma região e ao sair do carro por aplicativo foi abordado por dois homens em uma moto que levou sua carteira e celular.
“Nisso tinha uma moça vendo tudo da casa dela que tem dois andares. Ela me acolheu, pediu uber pra mim, e inclusive me disse que tinha acontecido a mesma coisa há uma semana atrás, uma rua abaixo”, relata.
Outro relato, que trata a situação mais como alerta, pois não foi vítima de roubo conta que estava em um app de relacionamento e começou a conversar com um rapaz que insistia para marcar um encontro, mas que ele desconfiou de roupas, linguagem e do conteúdo da conversa: “Ai continuei dando corda… e pedi o endereço dele. Esse ai no Sacomã… que deu nesse endereço no Google Maps!”, postando print de uma viela na região.
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