Ao enfrentar a oposição dentro do próprio partido que soltou uma nota
classificando a 'cura gay' como "grave retrocesso" o deputado João
Campos (PSDB-GO) aceitou o pedido do partido e retirou o projeto de
tramitação.
"São duas razões básicas e objetivas. A primeira: meu
partido solta uma nota com posição contrária, matou o projeto. E item
dois: esse projeto não é uma pauta da sociedade, qual é a urgência?" e
completou dizendo e reafirmando o discurso de José Serra - quando disse
que Dilma Rousseff quer tirar o foco das manifestações das ruas com o plebiscito -
"Não vou permitir que o governo use o projeto para desfocar a pauta das
ruas, que são segurança de qualidade, saúde de qualidade, acabar com a
impunidade e o Supremo adotar punições contra os mensaleiros" disse
Campos, reafirmando o quanto seu projeto é sem sentido e inapropriado.
Segundo reportagem da Folha, Campos, chegou a verificar uma possível saída do partido. O projeto veta dois trechos da resolução instituída em 1999 pelo
Conselho Federal de Psicologia (CFP) que visa permitir psicólogos
oferecer tratamento a homossexualidade.
O primeiro trecho afirma que 'psicólogos não colaborarão com eventos e
serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades' o
segundo determina que 'os psicólogos não se pronunciarão, nem
participarão de pronunciamentos públicos, nos meios de comunicação de
massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes em relação
aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica.'
O projeto foi alvo de diversas manifestações em todo o país nas últimas
semanas e líderes da Câmara já tinham decidido que iriam derrubar pela
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a proposta ainda foi
considerada inconstitucional por juristas, por modificar o Código de
Ética do Conselho Federal de Psicologia.
No Twitter Marco Feliciano publicou diversas postagens sobre o assunto,
elogiando a postura de Campos de retirar o projeto de tramitação "O PSDB
seu partido inviabilizou quando notificou ser contra" e que "os
ativistas, a mídia e alguns partidos invisíveis usariam o PDC 234 para
tirar o foco das maniofestações verdadeiras" e ressaltou que "O PDC não
foi ARQUIVADO mas RETIRADO, e pode voltar. E voltará na próxima
legislatura quando teremos 1 número maior de deputados evangélicos" e
que a "perseguição de parte da mídia e dos ativistas nos FORTALECEU e
Nosso povo acordou. Nos aguarde em 2015!" completando que "O PSOL e
ativistas estão tristonhos agora. Não haverá festa!".