"Megga Club" fecha as portas para reforma; "fechar e não abrir nunca mais não fará falta nenhuma"

Quando a Megga Fun! inaugurou em março de 2008 prometia tirar o reinado da poderosa The Week, promessas não cumpridas fechou meses depois após interdição da Prefeitura abrindo mais de um ano depois, setembro de 2009 reabriu com o projeto mensal. Quando o produtor Duda Hering assumiu o controle' do club tudo parecia estar entrando no controle. Dá para contar nos dedos as festas que fizeram grande sucesso no club. A festa carioca Máxima, a Black Party e Selection Party foram os destaques do ano passado.

Em comunicado oficial o promoter Roví soltou uma nota sobre o fechamento do club para reforma com retorno previsto para 25 de julho, mas abrirão excepcionalmente - eu que uso este termo - para a semana da Parada do Orgulho GLBT nos dias 23 (quinta) e 25 (sábado) de junho. Ainda segundo a nota o fechamento é devido a parceira com a festa Winter Party Festival e "Como parte das reformulações que acompanham essa grande parceria, está à mudança da periodicidade das festas do clube, que deixarão de ser semanais."

"Mudar é preciso, funcionamos desde 2008 com a mesma estrutura, sentimos que esse é o momento para dar uma parada e reformulada na casa e no conceito, a parceria com a “Winter Party” veio ao encontro do que queríamos para o Megga Club, sabemos que para se manter um clube de sucesso é preciso inovar e se renovar!”, afirma Jamil Pessoa, ainda em nota.

ANÁLISE

Como o próprio sócio do club 'diz em nota' realmente estava na hora de reformular a balada, afinal, o Megga Club, era uma promessa de acabar com o reinado da The Week e suas promessas foram em vão. Nada, absolutamente nada, foi eficiente para que chegassem aos pés do Universo Perfeito que fica a poucos metros de suas dependências. Falando em localização física, a falha maior da Megga é exatamente esta "a localização", que apesar de ser próxima a estação Terminal Barra Funda, é péssima.

A Megga Club precisa mesmo desta reforma, mas precisa-se reformar tudo, desde o posicionamento das caixas de som (pois o som é mal distribuído), a iluminação que tem como única beleza o laser com diversas cores. Fora o casting de djs, nem mesmo o magnífico Paulo Agulhari e toda sua competência consegue salvar o club - ele não tem o mesmo desempenho da sexta FUN! da Bubu Lounge -, ao seu lado o mediano Mauro Mozart e atrações internacionais que mesmo quando são bons nomes não empolgam o público que é bem chulé.
Outra parte problemática e até mesmo engraçada é a lista VIP (moda em todas as baladas e não só na Megga) uma verdadeira calamidade pública que virou, para entrar antes das 1h da manhã é preciso chegar às 23h, depois disso nem pensar.
O club é bonito e bem charmoso, sua parede iluminada (em um momento ridículo de copiar a parede iluminada e já extinta da The Week) perde completamente a razão de existir, pois é feia e não tem o mesmo charme da 'original'. Fora o atendimento de um modo geral que é péssimo. Essa história de abrir dois dias na Semana da Parada do Orgulho LGBT é ridícula, deixa muito nítido o interesse único e exclusivo de se ganhar dinheiro, já que vai fechar deixa fechado até julho mesmo.
Ou seja, precisam repensar em tudo, absolutamente tudo. Pois não é daquele jeito que se faz uma boa balada, pois assim sendo, fechar e não abrir nunca mais não fará falta nenhuma.