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"Por Amor" volta ao "Canal Viva" após 20 anos da estreia

Publicidade nos jornais r revistas da época (reprodução)
"Do que você seria capaz por amor?", esta é a pergunta que norteia a novela "Por Amor", de Manoel Carlos, que volta ao ar nesta segunda-feira (8) pelo Canal Viva, às 23h30, no horário nobre e de maior repercussão da emissora. A trama foi escolhida em fevereiro através de uma grande polêmica, já qie esta é a segunda vez que a trama é exibida pelo canal, e quarta vez ao todo.

"Por Amor" foi exibida entre 13 de outubro de 1997 e 22 de maio de 1998 na faixa das 21h pela rede Globo, ganhou reprise em 2002 no "Vale A Pena Ver De Novo", substituindo a novela "História de Amor", também do autor. O sucesso foi tão grande que a trama chegou a dar mais audiência que a trama inédita da faixa das 21h, na época escrita por Walcyr Carrasco, "Esperança", novela de Benedito Ruy Barbosa.

A trama conta a história de Helena (Regina Duarte) e Maria Eduarda (Gabriela Duarte) que em uma viagem para a Itália, uma espécie de despedida de solteiro de Eduarda, conhecem Atílio (Antonio Fagundes), elas tentam pregar uma peça nele nas ruas de Veneza, se passando por duas italianas, mas ele as reconhece do Brasil, pois trabalha na empresa da família do noivo de Eduarda.

Viram então amigos e nasce uma grande paixão, entre Helena e Atílio. Ele um 'último romântico', que não deu sorte na vida amorosa, teve um caso com Branca (Susana Vieira) e namora atualmente Isabel (Cássia Kiss), mas perdeu a esposa há muitos anos. Os dois se apaixonam e se casam, ela engravida ao mesmo tempo que a filha Eduarda que passa por um casamento conturbado com Marcelo (Fábio Assunção) e enfrentam a inveja e preconceito dos amigos, por serem já um casal de maduros.

Helena e Eduarda decidem ter os filhos no mesmo dia, local e hora. Porém, o filho de Eduarda morre logo depois que nasce e Helena em um ato de loucura troca as crianças, dá seu filho vivo em troca do filho morto da filha, com a ajuda de César (Marcelo Serrado), apaixonado por Eduarda. Começa então o drama de toda a história que comoveu o país.

CURIOSIDADES

A novela História de Amor (1995) fez tanto sucesso que o novelista Manoel Carlos foi escalado para escrever a novela "Por Amor", menos de um ano após o término da primeira. Maneco vinha de dois sucessos na faixa das 18h, "Felicidade" e "História de Amor", após passar uma temporada fora da Globo.

Regina Duarte viveu a protagonista da história novamente: como Helena, em "História de Amor", ela emocionou o país como a mãe de Joyce (Carla Marins), a mãe solteira que tinha diversos problemas de relacionamento com o pai do filho, mas como a mãe de Maria Eduarda (Gabriela Duarte) ela polemizou mimado a filha e o país parou para acompanhar o drama da troca dos bebês.

Regina e Gabriela Duarte trabalharam juntas pela primeira vez, foram mãe e filha na trama do Maneco, as fotos de infância de família foram usadas na abertura da novela idealizada por Hans Donner e deixava a novela ainda mais realista. A abertura foi uma das mais bonitas (se não foi a mais) da história da teledramaturgia nacional, a música de "Falando de Amor", de Tom Jobim interpretada por "Quarteto em Ci e MPB4", era de um primor incrível.

Na trilha sonora grandes sucessos como "Só Você", de Fábio Jr., e o arrasa quarteirão "Palpite", de Vanessa Rangel, que embalou o romance de Milena (Carolina Ferraz) e Nando (Eduardo Moscovis), mas "Per Amore", na voz belíssima de Zizi Possi, foi sem dúvida um primor. A trilha tinha ainda Nana Caymmi (Mudança dos ventos), Maria Bethânia (Preconceito), Roberto Carlos (Abrazame Así) e Elba Ramalho (Paralelas).

A Globo ainda tentou emplacar Ricardo Macchi, mas em vão. O ator vivia o jardineiro da vila em que parte da história se passava, tinha um caso com a Magnólia (Elisângela), que traía o marido Oscar (Tonico Pereira) dava dó do seu desempenho fraco, mas o ator ganhou espaço e estampou a capa da trilha sonora nacional com seus belos músculos.


A cena no belíssima trilha sonora internacional tinha Toni Braxton com "How Could An Angel Break My Heart" tema de Eduarda e Marcelo (Fábio Assunção) sendo uma das músicas mais tocada nas rádios da época, uma das cenas mais bonitas é quando Marcelo vai atrás de Eduarda na região Serrana do Rio e eles fazem as pazes andando de barco em uma lagoa. Tem hits como "Dindi" (El Debarg & Art Port), "Aïcha" (Gilbert), "So Help Me Girl" (Gary Barlow) e a sensação da década "As Long As You Love Me" com Backstreet Boys.

Na capa da trilha nacional foi com Macchi, o certíssimo foi com Eduardo Moscovis, além de grande ator estava belíssimo como o pilo de helicóptero Nando, com quem protagonizou cenas calientes e envolventes com Carolina Ferraz. Quem não se lembra do mocinho honesto, porém nada babaca, vivido pelo ator? Ele estampou a capa da tirlha sonora internacional.

Branca Letícia de Barros Mota, a grande vilã da novela marca o último grande papel de Susana Vieira, que me perdoem "Senhora do Destino", mas Susana estava impagável na trama de Maneco. Má como o pica-pau, ela fazia o inferno na vida de todos que cruzavam o seu caminho, não escondia sua predileção pelo filho Marcelo e renegava os outros dois. Teve grandes embates com Cássia Kiss, Regina Duarte, Carolina Ferraz e Regina Braga, um arraso. Maria do Carmo, em Senhora do Destino, foi um show, mas nada comparado a este grande papel, Susana nunca mais faria um sucesso estrondoso.

O sucesso da novela foi tão grande que a Globo repetiu duas importantes parcerias da trama do Maneco: Regina Duarte a filha Gabriela voltaram a ser protagonistas de uma produção, desta vez da minissérie "Chiquinha Gonzaga" (1999), de Lauro César Muniz e direção de Jayme Monjardim. Elas viviam a personagem título em fases diferentes, mas contracenaram no último capítulo. Carolina Ferraz e Eduardo Moscovis, viraram os protagonistas da novela "Pecado Capital" (1998), de Glória Perez, como Lucinha e Carlão, a novela não foi nenhum mega sucesso, mas a dupla não decepcionou.

O autor Manoel Carlos e diretor Ricardo Waddington começaram uma grande parceria em "Por Amor", o diretor ficou na direção geral da novela com a morte de Paulo Ubiratan (diretor de núcleo da trama) e o "casamento" foi firmado ainda com sucessos: Laços de Família (2001), Presença de Anita (2002) e Mulheres Apaixonadas (2003).

Os bastidores foram bem movimentados, Cássia Kiss e Antonio Fagundes não estavam nada felizes com o rumos que seus personagem tiveram. Fagundes, apesar de destaque médio, não teve nenhum desempenho de costume, estava super apagado devido ao sucesso de diversos outros personagens, mas ficou na trama até o final. 

Em "Por Amor" o autor tinha ainda seus amuletos de sempre, como Umberto Magnani e Marli Bueno, já falecidos. 

De "Por Amor" para "Laços de Família" foi um pulo, Carolina Dieckmann interpretava a espevitada Catarina que vivia se agarrando pelos cantos com o namorados, fez muito sucesso e na próxima novela foi a protagonista da trama ao lado de Vera Fischer.

As brigas e barracos na trama eram dos melhores, Maria Eduarda e Marcelo interpretaram diversas cenas de brigas, ela ainda tinha diversos embates com Laura (Viviane Pasmanter) e com o pai Orestes (Paulo José), de quem tinha vergonha por ele ser alcoólatra. Uma das cenas mais esperadas é quando Eduarda vai vingar a mãe que fora traída pela sócia e amiga Flávia (Maria Zilda Bethlem) e as duas saem no tapa. Mas são várias as cenas de briga, Milena e Branca, Branca e Isabel, Atílio e Marcelo, Atílio e Isabel.

O preconceito racial foi abordado de uma forma bem pesada, Márcia (Maria Ceiça) era casada com Wilson (Paulo César Grande), mas ele não aceitava o filha negra que ela gerara, machista e inconveniente.

A relação de Helena com a empregada Tadinha (Rosane Gofmann) - no ar também na novela "Tieta" como Cinira, trama que vai ao ar depois de "Por Amor", ás 00h30 - era das mais amigáveis e confiáveis. Tadinha era fiel à patroa e sua grande amiga, personagem puxada para a comédia como Rosane faz muito bem.

SPOILERS


Helena e Atílio se declaram em uma cena belíssima. "Eu acho até que te amo, tenho sonhado com você, muitas noites..."

TROCA DOS BEBES


César descobre que o filho de Eduarda está morto e Helena troca as crianças.

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