A reportagem mostrava como mulheres que buscavam sustentar a família (pais e filhos) e que entraram no mundo da prostituição de luxo 'por pouco tempo'. 'O mercado do sexo está aberto para jovens de maior padrão cultural, o que significa nível de ensino superior -um mercado favorecido pelo empobrecimento da classe média, popularização do ensino superior e, mais importante, ausência de crédito educativo para quem paga mensalidades', segundo a reportagem.
Questionada sobre Por que estuda? A modelo profissional é categórica: "Sei que esse rostinho bonito e o corpo em cima acabam logo. Preciso ter alguma coisa a mais na cabeça para viver." Uma estudante de Direito, na época, disse que "É um bico horrível, mas é o que posso fazer". Dimenstein entrevistou Oscar Marione, dono de uma boate e um bar em Moema.
Em Laços de Família, Capitu destaca este problema, em um dos capítulos desta semana sua amiga Simone (Vanessa Mesquita) a questiona se ela não quer mesmo ter uma vida boa e sustentar a família, mas Capitu é categórica e diz que nem sempre aguentar cliente chato vale a pena. Obviamente, a trama é muito mais romanceada e melodramática, justamente para conquistar o público, que torcia e (ainda) torce pela jovem.
Capitu, ganha muitos cachês e 'caixinha' em dólar, onde ela guarda para o futuro do filho. 'Venho de uma família do Paraná em que todos os meus irmãos puderam estudar na faculdade. Logo que puder, junto mais dinheiro e abro um negócio', comenta Marina, sem marido e com um filho para sustentar, e personagem da reportagem da Folha.
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