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Manoel Carlos se inspirou em reportagem para escrever Capitu de "Laços de Família"

Simone (Vanessa Mesquita) e Capitu (Giovanna Antonelli), personagens inspiradas na vida real, após Manoel Carlos ler reportagem da Folha
O autor Manoel Carlos se inspirou em uma reportagem de Gilberto Dimenstein para escrever a personagem Capitu, interpretada por Giovanna Antonelli, em Laços de Família, em cartaz no Vale a Pena Ver de Novo, na Globo. "Nível superior vira qualificação no mundo das garotas de programa", reportava Dimenstein em reportagem de 1999. Reportagem mostrava como mulheres em busca de uma vida melhor e para pagar estudos entravam para o mundo da prostituição de luxo,

A reportagem mostrava como mulheres que buscavam sustentar a família (pais e filhos) e que entraram no mundo da prostituição de luxo 'por pouco tempo'. 'O mercado do sexo está aberto para jovens de maior padrão cultural, o que significa nível de ensino superior -um mercado favorecido pelo empobrecimento da classe média, popularização do ensino superior e, mais importante, ausência de crédito educativo para quem paga mensalidades', segundo a reportagem.


Questionada sobre Por que estuda? A modelo profissional é categórica: "Sei que esse rostinho bonito e o corpo em cima acabam logo. Preciso ter alguma coisa a mais na cabeça para viver." Uma estudante de Direito, na época, disse que "É um bico horrível, mas é o que posso fazer". Dimenstein entrevistou Oscar Marione, dono de uma boate e um bar em Moema.


Em Laços de Família, Capitu destaca este problema, em um dos capítulos desta semana sua amiga Simone (Vanessa Mesquita) a questiona se ela não quer mesmo ter uma vida boa e sustentar a família, mas Capitu é categórica e diz que nem sempre aguentar cliente chato vale a pena. Obviamente, a trama é muito mais romanceada e melodramática, justamente para conquistar o público, que torcia e (ainda) torce pela jovem.

Capitu, ganha muitos cachês e 'caixinha' em dólar, onde ela guarda para o futuro do filho. 'Venho de uma família do Paraná em que todos os meus irmãos puderam estudar na faculdade. Logo que puder, junto mais dinheiro e abro um negócio', comenta Marina, sem marido e com um filho para sustentar, e personagem da reportagem da Folha.


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