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Musical sobre Gal Costa tem venda liberada e data de estreia confirmada: 6 de março


Um dos maiores nomes da música popular brasileira, Gal Costa (1945-2022) ganha homenagem com o Gal, o Musical, de Marília Toledo e Emilio Boechat. O espetáculo estreia em 6 de março de 2026, em São Paulo, com sessões às sextas as 20h30, sábados às 16h30 e 20h30, e domingos às 15h30 e 19h30.

O espetáculo biográfico narra como a pequena Maria da Graça Costa Penna Burgos, nascida no dia 26 de setembro de 1945, em Salvador (BA), tornaria-se não apenas a “musa da Tropicália”, como dizia seu apelido, mas uma das figuras mais importantes desse movimento da cultura popular brasileira, um símbolo feminista e uma das maiores cantoras do mundo (tendo, inclusive, sido eleita uma das 10 maiores vozes femininas do mundo pela revista estadunidense Time).

A pesquisa para a escrita da dramaturgia do musical começou em janeiro de 2024, quando Marília Toledo descobriu o livro “A Todo Vapor - O Tropicalismo Segundo Gal”, de Taissa Maia. “Depois de ter feito três biografias com artistas masculinos, Silvio Santos, Ney Matogrosso e Renato Aragão (ao assinar o texto da peça “Adorável Trapalhão"), senti necessidade de fazer uma obra com uma protagonista feminina. Para mim, sem sombra de dúvidas, a história de Gal é a que mais se aproxima da minha essência”, comenta a idealizadora, autora e diretora.

Outra obra fundamental foi o livro “A Jornada da Heroína”, de Maureen Murdock, uma psicóloga junguiana que havia traçado uma jornada feminina diferente da masculina. Os autores ainda contaram com a ajuda do pesquisador Tallys Braga, que estava escrevendo uma biografia oficial da artista. 

“O livro da Taissa Maia defende a tese de que o papel de Gal na Tropicália foi muito maior do que a nossa imprensa machista e patriarcal gostaria de admitir. A partir dessa tese, começamos a pensar que nosso musical deveria ter um viés feminista ao invés de simplesmente relatar a vida de Gal desde a infância na Bahia até o sucesso comercial. Até porque a história íntima dela, uma artista muito reservada, não era conhecida. Preferimos, então, contar a história da artista sob um prisma psicológico e profundo, do que simplesmente desfilar gravações, discos e hits da artista”, revela Emílio Boechat. 

A trama acompanha diversos episódios da vida de Gal, como sua infância e a relação com sua mãe-solo Mariah; sua amizade com Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gilberto Gil e Tom Zé, que começaram sua trajetória artística juntos no Teatro Vila Velha; o início da carreira na música e seu primeiro empresário, Guilherme Araújo; até a adoção de seu filho Gabriel, em 2008.

E toda essa história, de acordo com Marilia Toledo, é costurada pelos principais sucessos eternizados por Gal, como “Força Estranha”, “Baby”, “Divino, Maravilhoso”, “Vaca Profana”, “Azul”, “Vapor Barato”, “Sorte”, “Brasil”, “Balancê”,  e tantos outros. 

“A nossa dramaturgia privilegia as músicas como expressão dos sentimentos da artista, ajudando a contar a história de maneira mais musical do que narrativa. Excetuando-se algumas surpresas, os grandes hits de Gal estão presentes no musical”, acrescenta a autora e diretora. 

Sobre a encenação assinada por Marília Toledo e Kleber Montanheiro

Marília Toledo como diretora não larga a mão do seu lado autora, enquanto escreve o texto já pensa na encenação e nas especificidades do elenco “eu gosto muito do processo de escolha do elenco e da equipe criativa e também do trabalho com os atores. No processo de escrita do texto, fica claro para mim quais as melhores escolhas para encenar”  

Como idealizadora do projeto, a autora e diretora Marília Toledo escolheu Kleber Montanheiro para dividir a encenação com ela porque o considera um diretor que olha para todos os aspectos da encenação, além de ter desenvolvido diversas parcerias artísticas com ele, e confiar muito na sua capacidade criativa. “Pelo fato do Kleber ter começado sua carreira como ator, ser também cenógrafo, figurinista, iluminador, além de diretor, tem uma visão de todas as etapas do fazer teatral e isso me encanta desde que começamos a trabalhar juntos, no ano 2000. Sempre aprendo demais com ele, Kleber nunca deixa de me surpreender, com sua capacidade única de encenar.

Sobre a experiência de dividir a direção do espetáculo com Marília Toledo, Kleber Montanheiro, que foi apontado por ela como um dos “artistas do teatro mais geniais e completos”, diz: “Tem sido uma união muito feliz. Marília colabora com um olhar direto para a concepção ágil em cenas curtas e dinâmicas. Com a minha experiência estética, colaboro com um olhar mais visual e de desenho cênico. Aliado a isso, temos um importante fato que Gal foi uma mulher que resistiu no seu tempo, quebrando padrões e contando do seu modo a história da música brasileira. Não faria sentido não existir uma parceria com uma mulher na direção”.

A concepção de cenografia do espetáculo, assinada por Carmen Guerra, é uma espécie de ocupação imersiva do 033 Rooftop, que aproveita o espaço vazio e transporta a platéia para dentro da cena. 

“A partir disso, nos inspiramos em instalações do artista Hélio Oiticica para compor um ambiente onde os espaços físicos abordados na dramaturgia do espetáculo fossem sugeridos e compostos com elementos que trouxessem a ideia de obras de arte, representando cada local de uma forma dinâmica, sucinta e inventiva”, acrescenta o diretor.

Os figurinos, também assinados por Montanheiro, atravessam a segunda metade do século XX e vão se transformando em modelos específicos de cada época. Como uma segunda camada de dramaturgia, a paleta de cores vai se transformando durante a passagem de tempo, em cores sólidas ou multicoloridas, incluindo bordados e estampas.

Já o diretor musical Daniel Rocha comenta que trabalhou com uma transcrição dos arranjos originais das músicas de Gal com adaptações. O espetáculo ainda explora tanto na música como na coreografia, de Semadha S Rodrigues, a forte influência do Candomblé, do canto e danças dos Orixás e das manifestações da cultura popular tanto na música da homenageada. A pesquisa coreográfica incorpora ainda LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), conectando mensagem, gesto e música em um mesmo campo sensorial.

Serviço

Gal, o Musical, de Marilia Toledo e Emilio Boechat 
Temporada: 6 de março a 10 de maio de 2026
Horários:  Sextas-feiras, às 20h30
Sábados, às 16h30 e 20h30
Domingos, às 15h30 e 19h30
Duração: 2h30 com intervalo. primeiro ato uma hora e quinze. Intervalo 15 e segundo ato uma hora.
Local: 033 Rooftop
Endereço: Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2041, Itaim Bibi, São Paulo - Complexo JK Iguatemi
Classificação etária: 14 anos, menores de 14 anos acompanhados dos pais ou responsáveis legais.

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